Caminhando pelas ladeirentas ruas de Higienópolis, um dos três garotos adolescentes que estavam atrás de mim diz:
– Sexo anal.
Sem voz definida, estranhei e julguei que se tratasse de meninas. Seria de se estranhar se fossem mulheres a falar naquele volume sobre o tema.
Imediatamente, lembrei-me de companheira de estadia em Bournemouth, Inglaterra. Menina liberada/descolada que estudava no, então, recém inaugurado, colégio Equipe, e que, de certa forma, me influenciou para que eu cursasse o terceiro colegial lá, sempre que era contrariada por alguma mulher, dizia:
– Eu, mandar essa aí tomar no … . Tá louco!!! Jamais vou dar uma dica boa dessas para uma filha da pu.. dessas!!!
Hoje, contei para os meninos a História e eles se divertiram.
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Caminhando 2
Amigo meu, dono do melhor açougue das Perdizes, estava na Porta conversando com um freguês. Não parei para não interromper a conversa. Nisso o cara que conversava com meu amigo, saca o celular e diz em voz alta, como todos que falam ao celular fazem:
– Estou aqui com o João…
Definitivamente, eu e essa “educação” (digo, falta de educação) de hoje não nos entrosamos.
Como digo sempre, meu querido e saudoso irmão Beto não iria conseguir sobreviver a tanta barbárie. Eu mesmo talvez só consiga porque me possibilita escrever a respeito. Corrigindo, me fornece material que não acaba mais; mesmo assim, é difícil de suportar.