Jamais chamei alguém por apelido pejorativo, por mais que os outros o fizessem. Jamais!!!
Na Redação de jornal da Grande Imprensa, todos tratavam aquele repórter, pelo fato de ser mal ajambrado, por Pé na Cova. Eu, sempre pelo nome. Graças a informação que ele me passou (já que estava ocupado em uma grande reportagem), eu fui o primeiro jornalista a anunciar que famoso pugilista brasileiro não poderia mais lutar por problemas sérios de saúde. O fato é triste, mas, graças a ele, eu dei o furo de reportagem.
Alguns meninos mensageiros do setor de Imprensa do Palácio dos Bandeirantes, muito anos atrás, eram oriundos da Febem. Havia um, o Ronaldo (nome fictício), que, ao pular uma fogueira de S. João quando criança, caiu e teve queimaduras horríveis com sequelas, perdendo,inclusive, as pontas de alguns dedos.
Como todos o chamava, exceto eu???
É inacreditável:
– Churrasquinho.
Bem, mas quando o assunto é nego (a) arrogante, prepotente e, lógico, desprezível, aí é comigo mesmo!!!
Nos tempos da fabulosa música do Gil, Pessoa Nefasta, trabalhei com uma mulher que era Horrorosa de Ruim. Batizei-a de Nefasta. Talvez, exceto ela, ninguém a conhecia mais pelo nome.
Uma outra colega de trabalho deu algumas folhas para o mensageiro e falou com muita clareza que ele as entregasse para a Nefasta. Pois não é que a outra não viu que a Nefasta estava bem ali atrás. O rapaz não teve dúvidas. Virou-se e disse:
– Toma, é pra você!!!
Ela pegou os papéis, não entendeu ou fez que não entendeu.
Eu conheço um cara que tem verdadeira ojeriza à luz. Nos lugares em que trabalhou, todas as janelas e cortinas permaneciam fechadas e um micro abat-jour, com lâmpada de 40 wats no máximo, protegida por uma cúpula, iluminava infimamente raio de cerca de 20, 30 centímetros de sua mesa.
Como eu o batizei???
– Escondidinho no Escurinho!!! É lógico, é ótimo e é o retrato do cara.
Suponho que esteja milionário pois deve ter sido o inventor desses insulfilmes que tornam os vidros dos carros nigérrimos e praticamente opacos.
E finalmente a última, o mesmo perfil da Nefasta, mas cercada de banha por todos os lados, desde a ponta do dedão do pé até a ponta do último fio de cabelo. Como me refiro a ela???
– Oito Arrobas!!!
Arroba, como se sabe, é unidade de medida para pesar porcas e vacas. Cada arroba vale 15 quilos.
Aliás, tenho quase certeza de que acontece com ela o que o formidável Ari Toledo contou a respeito de uma mulher muito peluda, mas muito peluda mesmo. A mulher peluda foi transar com um cara e o sujeito não tinha noção de onde atacar e falou para ela:
– Benzinho, faz um xixi aí para me dar uma pista!!!
Apelidos cruéis os meus, não são??? Mas os titulares merecem até o ultimo ponto da última letra de cada um!!!
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Para levantar o Astral, ouça a música Pessoa Nefasta, do Gil, com o próprio. Se ele quiser novamente retratar pessoas do mal, estiver sem inspiração e precisar conhecer mais sobre o tema, é só me chamar que eu indico o endereço desses meus conhecidos.
Pessoa Nefasta, clique aqui