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MICO PRESIDENCIAL 2

Meu texto sobre o Arraiá do Torto http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/06/19/mico-presidencial/  recebeu muitos comentários, quase todos metendo o pau em mim.

Não sou contra a cultura brasileira, ao contrário, como provam alguns textos que já publiquei aqui; entre vários, um sobre o despropósito de se comemorar o Halloween   http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/10/30/governo-do-estado-de-sao-paulo-comemora-halloween/ e dois outros  sobre  terminhos em inglês  http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/03/30/somos-mesmo-vira-latas/ e http://bocanotrombone.ig.com.br/2010/04/30/para-ingles-italiano-verem/

É  ler esses textos (e diversos outros aqui no Blog)  e constatar  que os comentários metendo o pau em mim  a esse respeito são impróprios e injustos.

O que disse –  com   com muita clareza  –  e reitero é que  suponho que ministros e autoridades não se sintam bem em usar roupas caipiras e, ao mesmo tempo, têm que comparecer à festa e  atender o “pedido” do presidente; a saber: trajar roupas caipiras.

Disse isso, apenas isso e, novamente, reitero.

Mico Presidencial

Detesto o termo.  Primeira vez que uso.  Mas logo mais, todo o primeiro escalão do nosso governo vai começar a pagar um belo Mico.  Ministros e, certamente, muitas outras autoridades foram convidadas para o último  Arraiá do Torto,  a partir das 20,30,  na Granja do Torto.  Receberam um convite, em forma de coraçãozinho,  com fotos de Lula e d. Marisa,  devidamente trajados de caipiras, inclusive com  chapéu de palha esgarçado  (que graça!!!).  No convite, segundo notícia da Folha de S. Paulo, há orientações para que os convidados levem um prato de doce ou salgado e se vistam a caráter.

Em episódio da fabulosa série A Grande Família da TV Globo, na repartição pública do Lineu, dos principais personagens,  foi organizada uma festa a fantasia.  Lineu, disciplinado como sempre, e sua boa mulher Nenem se empenharam na produção da fantasia.  Animado,  o casal entra na festa e constata que eram os dois únicos com fantasias.  Lineu reclama com o chefe Mendonça.  Mendonça é taxativo ao explicar com funcionam as coisas aqui, inclusive em relação a lazer:

– Ora, Lineu; só você não sabe que não precisa de fantasia para vir a uma festa de fantasia.

Agora, uma coisa é funcionários concursados de uma Repartição Pública não darem ouvidos  a determinação do convite do Mendonça de trajar fantasia.  Outra coisa é desacatar a ordem de um chefe que não se chama Mendonça, não é sub, do sub do sub, mas sim o Presidente da República do Arraiá, digo,  do Brasil!!! 

Já que perdi a virgindade quanto ao uso do termo: é Mico do Tamanho de Um Bonde, principalmente se o Arraiá for aberto para fotógrafos!!!