Arquivo da categoria: Política/Políticos

SAPO COM SABOR DE LAGOSTA

Não entendo quase nada de política, graças a Deus.  Mas sei que Serra e Alckmin são do mesmo partido – tucanos – do PSDB. Daqui para frente, vão dados que talvez comprovem que não conheço mesmo política e posso citar coisas imprecisas.  Embora do mesmo partido, nas últimas eleições, Serra demonstrou muito mais simpatia e até empenho pela candidatura de Gilberto Kassab a prefeito do que pela de  Alckmin.  A Folha de hoje traz um quadrinho com título:  Divisão Interna – Serra e Alckmin estiveram em lados opostos desde 2002.  No quadro, estão enumerados os fatos.  Leitura pouco emocionante,  por isso, passo a diante.

Ontem Serra anuncia que Alckmin será seu Secretário de Desenvolvimento.

Não entendo de política, mas de frases entendo um pouco, sem falsa modéstia.  Lá vai uma minha a respeito de política, feita a partir de outra frase de domínio público, que, aliás, já mostra que política é mesmo coisa bem  esquisita.  Só o complemento após as aspas é meu:  “Política é a arte de engolir sapos”, com cara de quem está saboreando lagosta.

Em tempo, na foto da página A4 de Hoje da Folha , os sorrisos de Serra e Alckmin são enigmáticos.  Fica a pergunta:  Ambos estão a engolir  lagostas ou sapos???

Mesários Orgulhem-se!!! Eleitores de Maluf pensem!!!

Li em algum lugar que a eleição é o único dia a cada dois anos em que, de fato, todos os brasileiros são absolutamente iguais na sua principal atividade. O voto de um milionário, de um cara com pós doutorado têm exatamente o mesmo valor que o de um miserável, um semi-alfabetizado. Não é o máximo isso??? Por incrível que pareça, há gente que seja contra essa paridade.

E você, jovem escalado para mesário, tem um papel fundamental nessas datas históricas.

Esqueça um pouco o domingo que será gasto atrás de uma mesa e pense se haveria outras alternativas. Que outras maneiras teriam os Tribunais eleitorais para escolher os mesários??? Contratar centenas de milhares de funcionários apenas para o dia da eleição seria impossível e fatalmente suscitaria infinitas dúvidas a respeito da conduta, da imparcialidade deles.

Portanto, caro jovem, não fique se lembrando do que poderia estar fazendo no domingo e exerça com orgulho o papel que lhe cabe. Além disso, o empregador tem a obrigação de dar um ou até dois (não me lembro ao certo) dias de folga para todos os que foram convocados nas eleições. A esse respeito, um mês e meio atrás, ouvi na CBN, no fabuloso programa FIM DE EXPEDIENTE, um perspicaz e gozador comentarista afirmando que o jovem que cogitasse de usufruir desse dia de folga por conta do serviço prestado nas eleições seria imediatamente demitido. Aí é aquela velha história, velha teoria do saudoso Severo Gomes, já citada aqui no Boca do Trombone mais de uma vez – dizia ele: “não é o povo brasileiro que não presta. O povo brasileiro é bom. Quem não presta é a elite. Nós é que não prestamos!!!”

Mesário, orgulhe-se de contribuir para a cidadania no domingo e usufrua com tudo o feriado a que terá direito
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Não gosto de discutir política, mas julgo ter argumento definitivo para demover a imensa maioria dos eleitores de Paulo Maluf.

Entendo uma pessoa esclarecida que vote no Maluf por interesse, ainda que interesse lícito. Gosto sempre de dar o mesmo exemplo, bem ingênuo, por isso mesmo definitivo. Se alguém diz que vai votar no Maluf porque tem uma fábrica de carimbos e o Maluf garantiu que, se eleito, a fábrica dessa pessoa será incumbida de produzir carimbos para diversos órgãos. Aí eu entendo, desde que não haja super-faturamente e/ou outras maracutaias. Agora, o sujeito dizer que vota no Maluf porque acredita no Maluf, aí não dá mesmo. É o fim da picada. Aquela cara permanentemente risonha, sempre olhando para a câmera, raramente para o interlocutor, é tão verdadeira quanto uma nota de três reais. Não há marqueteiro, nem fotógrafo que dê um jeito nisso. Aliás, a propaganda eleitoral de Maluf misturando termos jovens (ele é o cara!!!) com apelos melodramáticos chega a ser hilariante pelo paradoxo da coisa, ou, se preferirem a falta absoluta de conexão do político (do cara) com a linguagem escolhida. Uma outra hipótese é que tanto Maluf quanto seus marqueteiros suponham que todos os paulistanos sejamos idiotas completos.

A Antidemocrática Cigarrilha do Presidente

Eu não sou burro de dizer que o Presidente Lula não é inteligente. Ele é muito inteligente, carismático e intuitivo. Mas a afoiteza que tem de querer se manifestar sobre todos os assuntos de maneira original é de doer. Ora, como é que o presidente de um país pobre como o nosso, em que falta dinheiro para tudo, principalmente educação/saúde, pode estufar o peito (como certamente fez na ocasião) e dizer: “Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado.”

É antidemocrático mesmo com os fumantes defender o fumo em todos os lugares indistintamente. Não é difícil supor que é martírio até para fumantes fazerem refeições e permanecerem em ambientes contaminados por fumaça de cigarros, cachimbos, charutos ou até as cigarrilhas presidenciais. Sem considerar que é extremamente ditatorial, autoritário obrigar e impor a todos resíduos do vício de uma minoria.

Como presidente de um país pobre então, ele deve estar cansado de saber que o dinheiro que o governo arrecada com Impostos sobre o fumo é muito menos do que gasta com doenças, internações, mortes causadas pelo vício de fumar.

Não faço qualquer indireta ao apreço que atribuem ao presidente por bebidas alcoólicas. Mas em relação à bebida, aí sim, ele não estaria sendo nem um pouco antidemocrático ou politicamente incorreto se defendesse o direito de todos beberem o quanto quiserem desde que não pusessem em risco a própria segurança, a segurança e o direito alheio.

Frase minha para terminar: “Tem gente que precisa contar até três antes de dizer qualquer coisa.” Até três milhões!!!

Escrachar os Fichas Sujas

Na hipótese de os candidatos “fichas sujas” não serem impedidos de se candidatar, fundamental providência deveria vigorar já para essas eleições.
Propaganda e maços de cigarros são obrigados a mencionar advertência dos malefícios do fumo e até mesmo ilustrar com fotos pavorosas.
No caso dos políticos fichas sujas, deveria haver uma lei que garantisse ao Tribunal competente poder inserir na propaganda impressa ou até na Internet aviso do tipo:
Atenção, O Tribunal adverte: esse candidato responde processo por tais e quais delitos. Não em letrinhas microscópicas, não!!! Mas sim em letras 15,20% menor da usada no nome.
Em relação à propaganda gratuita no rádio e tv, após a apresentação do material do candidato que responde processos, locutor do próprio Tribunal deveria relacionar esses processos . Naturalmente, que esse aviso será dado dentro do tempo a que o partido tem direito.
Como se dizia nos meus tempos do Jornal Notícias Populares, quando se estampava foto grande dos marginais – o Tribunal estaria obrigado a “escrachar” o ficha suja.
Dessa forma, os próprios partidos não terão interesse que esses candidatos usem o horário gratuito, uma vez que implicará em perda de tempo no Horário Gratuito para todo o partido.
Anunciar no horário gratuito os “fichas sujas” será péssimo negócio para o partido.

Pra terminar, o Bordão do Boca: O homem já chegou à Lua. Será que aqui não se consegue implantar algo tão simples???

Renan não Tem Urgência. Essa Palavra Existe em Brasília???

De 18.09.07

Renan diz não ter “nada urgente” para conversar com Lula (Manchete da Tarde de 18/7/07 da Folha On Line)

Mas urgência é palavra que existe no vocabulário de políticos???

Há cerca de dois meses, famosa Padaria da Rua Estados Unidos em S. Paulo teve seu estacionamento temporariamente interditado pela Prefeitura. Pouquíssimas horas após, a Padaria já havia firmado convênio com estacionamento exatamente em frente, de tal modo que a rotina de todos os clientes foi “minimissimamente” afetada. Salvo engano meu, nos dois dias seguintes, o estacionamento original foi reaberto.

Esse é o mundo real. Já o mundo dos Poderes da República!!!!

Ao mesmo tempo em que não sinto a menor saudades da ditadura, não me sai da cabeça a – já aqui “repetidíssima” – máxima do Casseta e Planeta: Aristóteles falou que o homem era um animal político. Os Cassetas contestaram: “O homem político é um animal”.

O desafio hercúleo está, pois, lançado em Brasília: Mudem o conceito que a população tem de vocês (Três poderes)!!!. Aliás, conceito pelo qual vocês trabalharam bastante para obter e, muito justamente, obtiveram!!

Poderosos favorecendo Poderosos – Isso Não tem Fim

De 13.09.07

Diversos leitores que acessaram meu blog através da chamada que o Ig fez para o texto que republiquei ontem a propósito da pancadaria que antecedeu à sessão Renan no Senado garantiram que irão anular seus votos na próxima eleição (vejam suas mensagens no blog). Também já pensei em anular todos os meus votos desde o momento em que Paulo Maluf, depois de 30 e tantos anos de trâmites na Justiça, fora absolvido por ter dado Fuscas para os Jogadores Tri-Campeões do Mundo em 1970. A esse respeito escrevi o texto INFELIZMENTE SOU TEIMOSO, NÃO PERSISTENTE, já publicado no meu blog.

Não que esteja com preguiça de escrever coisa nova, mas como as decisões dos poderosos favorencendo podereosos só fazem se repetir, republico também esse Texto. Adaptando-se a teoria do José Simão de que o Brasil é o país da piada pronta, as maracutaias e inconcebíveis decisões de juízes e políticos também tornam o Brasil um país onde, infelizmente, textos jornalísticos parecem eternos. Lá vai:

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Infelizmente sou Teimoso, não Persistente – 2 –

Tenho boa memória e não sou tão novo.

Na Copa de 70, estava com 16 anos. Lembro-me bem de muita coisa a respeito. O time do Brasil chegou ao México desacreditado. Paulo Maluf era prefeito de S. Paulo (não vou repetir aqui, por não poder provar, a versão que explicava na época a escolha de seu nome para o cargo). Pois bem, ouvi e li nosso prefeito, então no início de sua famosa carreira política, afirmando que se o Brasil fosse campeão do mundo , ele daria um fusca para cada jogador e (salvo engano) membro da comissão técnica. Pois bem, o Brasil foi avançando, avançando e Maluf recuando, recuando. Já não era mais Paulo Maluf, na terceira pessoa como tanto gosta de dizer, mas sim a prefeitura de S. Paulo que daria os carros. Só pegar os jornais da época e ver.

O Brasil ganha a Copa, Maluf, com dinheiro da prefeitura, dá os carros, alguém entra na Justiça contra o prefeito que usara o dinheiro público.

Passam-se 35 anos e, com a rapidez que lhe é peculiar, a justiça Brasileira em última instância conclui que Maluf era inocente, uma vez que teve o aval da Câmara de Vereadores para fazer o que fez.

Deixa eu entender, como dizia uma ex-namorada: para descobrir que Maluf teve o aval da Câmara e que só esse fato era a prova e condição suficiente de sua inocência, a justiça (com j minúsculo mesmo) levou 35 anos???

Um parênteses desnecessário: os jogadores de então não eram milionários como hoje, mas em hipótese alguma se justificava tirar dinheiro da população com suas carências crônicas para premiar esportistas bem sucedidos.

Em conversas, desde essa época, relato o fato, digo que o cidadão não pode crer em mais nenhuma instituição do país . Logicamente, não saí pregando depredação de nada nem qualquer vandalismo. Entretanto, afirmava que uma forma de eu mostrar meu descontentamento e decepção com tudo, seria eu votar nulo até o fim de minha vida. Ainda dizia que, infelizmente, eu sou teimoso e não persistente. Embora meu dicionário eletrônico aponte que teimoso e persistente sejam quase a mesma coisa, na minha cabeça o persistente tem convicção da coisa e o teimoso apenas teima e a simples teima, além de parecer birra de criança, é muito mais fraca do que a convicção.

Pois bem, acho que sou apenas meio teimoso pois não pretendo anular todos os cinco votos, talvez apenas dois…. Ah, que inveja tenho dos persistentes!!!

Espero até antes da eleição expor ou, como dizem os analfabetos pretensiosos de hoje, “estar expondo” aqui minha opinião sobre o nosso glorioso (nem precisa por aspas, né???) poder legislativo (também em minúsculas, naturalmente!!!!)

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Em tempo, no país da piada pronta e do texto pronto, ao que parece, um dos únicos que recebeu meu voto estava em dúvida até a última hora se condenava ou absolvia o Renan. Desse jeito, vou ser obrigado a não mais ser apenas um meio teimoso e passar para o lado dos persistentes!!!

RECREIO SEM FIM (2) NO CONGRESSO

De 12.09.07

Sem falsa modéstia, a confusão, com direito à troca de tapas, socos e pontapés, que ocorreu hoje na entrada do Senado, torna oportuna a leitura do Texto que já publiquei aqui às vésperas da última eleição sobre o Congresso. O Título do texto era RECREIO SEM FIM. Lã vai:
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Todos, absolutamente todos, os grupos de pessoas que se reúnem obedecem a certos critérios, sob pena de reuniões se tornarem caos. Todos, exceto um. Para esse único grupo, provavelmente quanto mais caos houver, mais seus participantes gostam, se divertem. Afinal eles estão ali, ao que parece, é para se divertir, brincar, como bem disse uma atriz que, coitada, teve que participar de encontro com eles no território deles.

Crianças, jovens, adultos e professores vivem sua rotina nas salas de aula em uma dessas situações. Em geral, o professor expõe um tema na frente, próximo ao quadro negro e os alunos -SENTADOS-ouvem. Alunos podem pedir a palavra e se manifestar. Nos seminários, um ou mais aluno(s) fica (m) na frente, expõe(m) uma idéia e todo mundo fica sentado ouvindo o colega. A outra situação é o intervalo/recreio, quando eles conversam, comem um sanduíche ou tomam um cafezinho/refrigerante.

Reuniões profissionais, em geral um ou mais visitante é atendido em uma sala de reuniões. Se houver uma cadeira que se destaca, quem recebe senta-se nessa cadeira e as visitas se sentam nas outras.

Até mesmo nos treinos de qualquer time de futebol, seja do milionário Barcelona do Ronaldíssimo Gaúcho ou dos Sem Chuteiras Fuebol Clube, há um bom senso para fazer a coisa render.

São mais ou menos quatro situações: os atletas, todos eles, fazendo exercícios físicos Os jogadores divididos em dois times, ensaiando jogadas, fazendo coletivo. Quando participam de um rachão ou joão-bobo é para descontrair, para relaxar a musculatura, não é para brincar, não. O João-bobo tem objetivo. Em todas essas atividades, o técnico e/ou preparador físico ditam as normas. Em todas essas situações, mesmo durante a descontração do João-bobo, há uma certa seriedade. Ninguém fica tomando refrigerante, ninguém fica batendo papo com o companheiro ao lado. E olha que os jogadores são adolescentes ou a jovens adultos, a grande maioria gente muito simples, em geral com pouca instrução e algumas vezes extremamente infantis.

Observe-se ainda que tanto o recreio/intervalo dos alunos quanto a brincadeira de João bobo dos jogadores de futebol têm um ponto final.

Já no Congresso Nacional…..

Ah, aí o recreio não tem fim. Suponho que além daquela mesona que existe naquele palcão lá em cima, haja uma belíssima cadeira e uma mesa para cada congressista se sentar e ouvir aquele que está lá em cima. Mas eles são garotos indisciplinados e não há um professor ali a quem eles devam obediência. Aí é uma festa!!!!!!!!!! Muitos ficam amontoados em cima daquele que está falando. Será que é para aparecer na televisão e mostrar pro eleitor de seus estados que eles têm participação decisiva nos rumos da nação??? Outros ficam aos gritos no celular, muitas vezes ao lado desse que está falando; falando no microfone, porque batendo papo estão todos. Há diversos grupinhos de dois congressistas, caminhando pra cá e pra lá, em geral um deles segurando no braço do outro. Curiosa essa mania que eles têm de segurar no cotovelo do cara com quem estão conversando. Experimente segurar o cotovelo de uma mulher de personalidade por mais do que três segundos. Ela puxará o braço com toda a força e não admite que isso se prolongue por mais um único segundo.

Tudo isso sem contar a tal história do quórum. É assim: determinada matéria será votada no Congresso na terça-feira. Se houver quorum, naturalmente. Se houver quorum é tão implícito e aceito como uma lei da física. Alguém já chegou a uma agência bancária, a um shopping, a uma escola ou a qualquer outro lugar da vida real e encontrou um funcionário que estava ali apenas para informar que permaneceriam com as portas fechadas por falta de quorum???

A atriz Denise Fraga, num dia em que deu quórum, há cerca de oito meses/um ano, foi ao Congresso Nacional tratar de assunto da classe artística e ficou estarrecida com o ambiente.

Com fabuloso poder de síntese, ao contrário do detalhamento desse texto, ela disse: Fiquei impressionada. Parecida um bando de garotos em volta de uma bola de futebol.

Calma lá Denise Fraga: não ofenda nossos garotos!!!!

De maneira alguma, tenho saudades da Ditadura. Mas não posso deixar de pensar em Aristóteles e principalmente no pessoal do Casseta e Planeta. Aristóteles disse: “o homem é um animal político”. Casseta e Planeta: “O Homem Político é um animal!!!
“Domingão tem eleição!!!
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A eleição já passou, alguns foram expulsos do colégio, entraram garotos e garotas novas, mas o Recreio Continua e, como dizem os jovens, ao que parece, A Balada não tem hora pra terminar. Daqui a quatro anos, há um rodízio, desculpa, nova eleição, mas o Recreio Vai Continuar!!!

ELES NÃO SÃO DE FERRO

De 15.08.07

A coisa, ao que parece, é muito simples.

O senador escala dois empresários: um paga as contas da casa oficial no Estado de origem; o outro, as contas da casa “oficiosa” em Brasília.

Aí, ele tem a “mente e o coração tranqüilos” para fazer, tal qual Jesus Cristo, o milagre da Multiplicação. Não a multiplicação dos pães. Alguém lá tá interessado em multiplicar pão??? É a multiplicação dos Chevettes!!!

Em pouco mais de duas décadas, o Chevetinho, um dos principais itens da declaração de bens de outrora, transformou-se em sólido patrimônio com emissoras de rádios, fazendas, entre outros bens. Aliás, nessas fazendas são criados os bois mais valorizados do país,

O salário de parlamentar??? Ah, o salário fica só para as noitadas nos bares e restaurantes de Brasília. Com a Oficiosa, ou até mesmo só com os outros parlamentares, porque, afinal de contas, muito mais do que de mulher, político gosta mesmo é daquela conversinha que não termina nunca. Variar de cenários para bater papo é saudável. Afinal, ninguém é de ferro.

Pelo jeito, eles são mesmo é de níquel!!

“FLORES PARA MIM EM PARIS”

De 30.07.07

O marido ocupou todos os cargos políticos importantes do Brasil, exceto a presidência da República.

Mas eram dela as grandes tacadas na política do varejo. Muito antes do surgimento dos marqueteiros e gurus da comunicação, que vêm a cada dia mais dominando a cena nas campanhas eleitorais e até mesmo nos governos, ela já era doutora no assunto.

Na elegante mansão do casal no Jardim Europa, sobre o piano, estava sempre o retrato das filhas. Eram dois esses retratos. Em um deles, as meninas estavam com Carlos Lacerda e no segundo, com Carvalho Pinto. Conforme a visita que iriam receber, ela colocava uma ou outra fotografia.

Mas na promoção pessoal é que ela era imbatível.

Ia com freqüência a Paris.

Assim que estava definido o dia em que chegaria ao Plaza Athénée, onde sempre se hospedava, ela mesma, para mostrar seu prestígio aos funcionários e demais hóspedes do Hotel, já enviava para si própria diversos buquês e arranjos de flores, com cartões de imaginários amigos parisienses. As flores sempre chegavam um pouco na frente.

ACM – Duas Histórias e uma Piada.

De 20.07.07

História 1

Celsinho era um baiano simpático e ultra discreto que conheci em Bournemouth, sul da Inglaterra, no início de 73. Gente muito fina, sempre fazia parte dos grupos que organizávamos para ir a Londres nos fins de semana e para os shows de Rock.

Alguém me havia dito que seu pai era banqueiro.

Pois bem, no carnaval de 74 estava com outro amigo e ele no sofisticado clube da Barra, em Salvador. Cruza conosco Antônio Carlos Magalhães. Educado e gentil, Celsinho o cumprimenta. ACM pára Celsinho e faz festa:

– Diga para seu pai que eu mandei um abraço.

– Pode deixar, governador, eu digo, responde de maneira atenciosa meu conhecido.

– Celsinho, não vá se esquecer, hein. Diga que Antônio Carlos Magalhães mandou um abraço.

– Não me esqueço. Fique sossegado!!!, sorriu e despediu-se meu amigo.

Fiquei impressionado.

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História 2

Renata, minha colega de faculdade, era um mulheraço. Tanto era, que hoje, trinta anos depois, ela vive com um garoto que têm a idade do filho dela.

Imaginar Renata há vinte e tantos anos é agradável exercício que deixo aqui para todos os leitores do sexo masculino.

Pois bem, logo depois de formada, Renata arranja um ótimo emprego em Empresa subordinada ao Ministério das Comunicações, na época em que ACM era Ministro. Diziam as más línguas (ou boas, dependendo do ponto de vista de cada um) que Renata conseguira o cargo às custas de uma transadinha com ACM.

Renata nunca confirmou, mas também nunca desmentiu!!!

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Piada de domínio público.

Embora a ocasião não seja propícia para esse tipo de piada, não posso deixar passar o gancho.

O Diabo aparece em um avião de carreira e avisa que vai derrubá-lo.
Passageiros e tripulação, em pânico. Tranquilamente ACM, que estava a bordo, diz:

– Deixa pra mim.

E dirige-se ao Diabo:

– Diabo, é o seguinte. Eu sou de uma cidade, Salvador, que tem um prefeito. O prefeito não manda nada. Quem manda sou eu. Salvador fica na Bahia, que tem um governador. O governador não manda nada. Quem manda sou eu. A Bahia fica no Brasil que tem um presidente que também não manda nada. Quem manda sou eu.

ACM continua:

– Diabo, eu tenho certeza de que não vou pro céu!!!

O Diabo desaparece e o avião continua voando em céu de brigadeiro.

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Se o Diabo está na iminência de perder seu cargo ou se ACM já tá conchavando para formar um governo paralelo no Céu é coisa que cada um de nós só vai saber quando chegar a nossa vez.