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156 – O Telefone do Inferno Burocrático e Enlouquecedor da Prefeitura

Quem já ligou 156 da Prefeitura de São Paulo e conseguiu ser  atendido em menos do que meia hora ganha um doce.  Quem insistiu, merece ser santificado.

Estou levando todos os tipos de bailes possíveis.  Musiquinha que não pára, de repente, começa a tocar um sinal de que o telefone está chamando;  você se anima, mas volta a musiquinha; mais musiquinha, e, em seguida,  a ligação cai.

Insisto. Muito tempo depois, uma atendente de carne e osso.   Experiente, peço a ela se eu posso lhe fornecer meu número de telefone para ela telefonar de volta, caso a ligação caia.  Ela diz que não.  E muitas vezes a ligação cai mesmo.

O que tenho a dizer é simples e precisa de providências imediatas, já que,  de certa forma, a irregularidade que denuncio pode causar desastres automobilísticos sérios.  Com a mesma clareza que eu escrevo, eu falo, e a mulher demora uns quinze minutos para começar a me entender.

Pedi a ela que me ligasse para me informar as providências que seriam tomadas.  Ela me diz que não pode ligar.  Se quiser, eu que tenho que telefonar, dar o número do protocolo e levar outro baile.

O que tinha a denunciar   é/era   sério.  Ao todo,  fiquei uma hora e meia ao telefone.  A atendente  ainda não me havia me dado o número do protocolo de atendimento e a ligação caiu, exatamente como eu previ, logo no segundo parágrafo.

Fui obrigado a ligar de novo.  Nada de ser atendido por gente de carne e osso.

Insisto e falo com nova atendente. Tudo o que foi dito no telefonema anterior foi perdido, já que não foi gerado número algum de protocolo.

Depois de 15 minutos, a nova atendente informa que eu teria que ligar para outro órgão público, pois  não era da alçada deles resolver o meu  tipo de problema

Liguei para o outro órgão, fui bem atendido, informaram-me que vão resolver a irregularidade, mas que os autores da irregularidades não receberão qualquer multa, embora tenham colocado em risco a vida de motoristas, ciclistas e motociclistas.

E assim caminha, ou não caminha, a solução dos problemas do munícipe.  Suponho que qualquer tipo de problema de todos os munícipes!!!

Se pelo menos eu for santificado daqui a uns cinquenta anos, já que insisti na ligação…

Pode isso, Arnaldo??? Quero dizer, Pode isso, Código de Trânsito???

Há pouco, no cruzamento, descida abaixo, da Cândido Espinheira com a Rua Tupi (Pacaembu/Higienópolis), carro parado esperando o momento de atravessar.  O segundo carro parou.  O terceiro bate no segundo, arremessando-o contra o Primeiro.

Não houve feridos, apenas “para-choques chocados”.

Os três carros com vidros nigérrimos, naturalmente.

Esses vidros não deveriam ser usados nem  em carros para transportar defuntos pro cemitério.

Entretanto, acho que mesmo quando ficar mais do que comprovado o óbvio (que esses vidros são responsáveis por muitas batidas, mais, ou menos, sérias) a lei que os proíbe vai continuar sendo “lei que não pegou”, diria  minha antiga professora de Francês.  Segundo ela,  e muitos outros repetem,  no Brasil,  algumas leis pegam e outras não.  E eu tinha que ouvir calado comentário desses de gringa que deixa sua “pátria maravilhosa” para sobreviver aqui.

Complexo de Vira-Lata, Agora Até em Sânscrito!!!

No Horti-Fruti de Higienópolis/Santa Cecília, são vendidas  sacolas de Plástico com bonitas ilustrações de Frutas, Legumes e de uma figura mítica feminina em Posição de Yoga.

Lado esquerdo, desenho,  da fruta/legume;  lado direito, o Complexo de Vira-lata Estatelado

 

Cenoura                                                                        Farm fresh Cariotes – Next Right, 1 Mile

Pêssegos                                                                       Fresh Peaches –   1 Mile Ahead

 

Na sacola Yoga/Yogui,  nenhuma  palavra em Português.  Havia Palavras em Inglês e outras em Sânscrito.  Acho que às vezes tentavam formar frases bilíngues, já que havia umas palavras estranhas e um verbo e/ou  substantivo em Inglês.

Misturar idiomas já é esquisito e, muitíssimo provavelmente, as grafias tanto em inglês como em Sânscrito não deviam estar corretas.

História perfeita, já contada aqui, que ilustra não só o complexo de vira-lata, como o péssimo inglês e francês de fachada do brasileiro.

No restaurante, o cliente pede o cardápio em Português.  Pernóstico, o maître informa que não há cardápios em português.  O Cardápio, todo escrito em francês, era de couro e as páginas em pergaminho.  O cliente não tem dúvida.  Tira a caneta do bolso do paletó e começa a rabiscar o cardápio, corrigindo diversas palavras grafadas de forma incorreta.  Devolve para o maître estupefato, levanta-se, vai-se embora, mas antes determina:

– Se não há cardápio em Português, pelo menos escrevam em francês decente!!!

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Outro dia foi o Complexo de Vira-lata se expressando em “Pseudo Latim”. Agora, em Sânscrito.  Quem sabe, logo mais os Portadores Compulsivos  do Complexo de Vira-Lata não estejam falando/escrevendo em “Paraguaio”.  Para Complexo de Vira-lata em Latim, Clique –

Para Complexo de Vira-lata em Geral, clique –

Em tempo, Complexo de Vira-lata é o sentimento de inferioridade do Brasileiro em relação a Estados Unidos e Europa. “Tradução”/definição  livre minha  do termo de Nélson Rodrigues.

Nas Ruas, o Caos; Na Ciclofaixa – Muita Faixa Para Pouco Ciclo!!!

Às 17,55 de ontem,  saí a pé, da Alameda Barros com a Rosa e Silva, pela calçada ao lado da Ciclo Faixa, recém inaugurada. Até a Ministro Godoi, pela Cândido Espinheira,   cerca de 1000 metros, quinze minutos de caminhada.  Duas bicicletas passaram por mim, duas vinham em sentido contrário e uma criança passeava com bicicletinha de duas rodas grandes e duas rodinhas laterais.

Na Ministro Godoy, com Cândido Espinheira uma pista para estacionar, uma para bicicleta.  Um carro parado, mãe e filha passam e gritam:

– Aí é ciclo-faixa!!!

Cem metros à frente, as conscientes ciclistas não aguentam  a subida e começam a empurrar a bicicleta.  Viram à direita na Turiassú.  Certamente para aproveitar a ladeira, ladeira abaixo.

Cruzamento da Ministro Godoy com a Homem de Mello,  parei na Nova Charmosa, melhor padaria do Mundo.

Saldo: andei cerca de 25 minutos, aproximadamente 1,5 km – 5 bicicletas pela ciclo faixa, sendo 2 conduzidas por crianças.

Para combater a insônia, ao invés de contar carneirinhos, contarei bicicletas:

Enquanto o sono não vem, conto uma bicicleta, espero 4 minutos, conto mais uma;  espero mais quatro minutos, a terceira; Quatro minutos após, ameaça de quebra da montononia; D U A S    B I C I C L E T A S ao mesmo tempo!!!

Na volta,  das 18:50 às 19:10, pelo mesmo itinerário, quatro bicicletas.

Restringir mais ainda o espaço dos carros, em benefício de sete ciclistas, não parece ideia sensata.

Contar carneirinho já era, agora vou contar bicicletas pela ciclovia.  Não há insônia que persista a uma bicicleta a cada quatro minutos…

Vida que se Esvai

No rádio do carro, Chico Buarque cantando a sublime música Carolina.

Fora, sobre mim, Minhocão: carros por todos os lados, exceto por baixo; congelados, estagnados.

Minutos que se vão, vida que se esvai.

Meia hora  de congelamento e desisti de ir onde eu ia.

Voltei pra trás, como diria meu querido e saudoso  irmão Beto.

Voltei pra casa.

Tô no ninho.

Autoridades Enfrentando os Problemas do Dia a Dia do Cidadão.

Seria muito interessante ver autoridades enfrentando problemas que o cidadão comum tem no seu dia a dia, exatamente na área relativa ao órgão que a autoridade administra.

Fosse eu o Pauteiro do CQC,   contrataria pacote de serviços de TV por Assinatura, Internet e Telefone.   Uma vez contratado, faria algumas tentativas para cancelar o produto. No primeiro ou segundo baile, drible, desistiria.

Em seguida, marcaria hora com diretor presidente da Agência Reguladora de Área, Antatel.   Explicaria a situação no Gabinete dele e pediria que ele me ajudasse e ligasse para o órgão para cancelar a assinatura do pacote, lógico, sem mencionar que é autoridade do setor.   Bem explicado, a autoridade tem que se  que  se colocar  na condição de  assinante e resolver o Problema; dizer que é do Órgão Ruglador não pode, tampouco   passar a bola  para uma das diversas secretárias ou assessores.

Aliás, o CQC poderia fazer com freqüência esse tipo de reportagem.   Parece que já há um canal aberto para que os telespectadores comuniquem problemas que venham enfrentando. O CQC se  inteira  do  problema  e, com pretígio da Imprensa, acaba resolvendo mesmo.  Qualquer pessoa que se sentisse mal atendida poderia recorrer ao Programa.  Suponho que material não iria faltar.  E seria conveniente que o CQC, dali para frente, ficasse de olho para constatar se a coisa tomou mesmo jeito.  Caso tenha desandado, nova reportagem reprisando trechos da primeira

Aliás, sinta-se vingado assistindo ao vídeo de Fábio Porchat e a Net. Clque aqui.  É engraçado; engraçado para ver o Fábio abordando o tema, mas quando você  que está enfrentando a coisa, é mesmo de chorar.

Lógico, o que todo mundo quer é atendimento decente; como isso é impossível, divirta-se com o absurdo.  Concluindo, divirta-se até chegar a sua vez de encarar situação semelhante.

Imbecilidade e Falta de Educação Sem Limites

Já está se transformando em série aqui no Trombone a adaptação de teoria de Domínio Público  “A Natureza /Sociedade limitou (limitaram) inteligência/refinamento, mas não a estupidez/falta de educação.

Sujeito entra na Padaria com os dois visores do óculos escuros na nuca.  Falava sozinho, mas tinha pregado na orelha aparelhinho semelhante a pen-drive e ainda dois celulares.  Ora, se tinha dois celulares, deveria ter um pen drive em cada orelha e falar simultaneamente usando os dois celulares e os dois pen drives enfiados nos ouvidos.

Outro elemento, como taxa tais tipos o amigo Flávio Asprino,  que freqüenta a mesma Padaria,  está sempre com cachorro grande, que jamais traz junto a si com coleira.  Enquanto toma café da manhã, fica gritando com o SABITO, nome do cão, para que ele não entre na Padaria.  Prender o cachorro nos ganchos que existem no estacionamento  para esse fim, certamente nem lhe passa pela cabeça.  Dá menos trabalho ficar gritando com o cachorro.  Talvez nem seja questão de comodismo.  Certamente ele tem esperança de que algum dia o cachorro responda.

Irrisória, Irritante, Descaso, Afronta, Absurdo, Inferno….

Cerca de duas horas atrás, em Banco Oficial/do Governo Federal, na Av. Pacaembu,  dois guichês de Caixa para atendimento.  Apenas um aberto.

Dois caixas já é quantidade irrisória, a metade é irri … –  irritante, para manter certa elegância.

Adjetivos não faltam para tal descaso/afronta/absurdo/inferno.  Tampouco faltam substantivos, como dá para perceber,  para a situação que se repete todos os dias.  Só não percebe o Governo que permite que o povo seja tratado assim.

Antes , lógico, todo sujeito exótico, que carrega chaves nos bolsos, já foi  barrado pela Porta Giratória, isso na calçada  mesmo.

Comidinhas Gostosas No Inferno

Na Rua Cândido Espinheira, Perdizes, abriu um buteco que faz sucesso.

Parece que tem comidinhas mineiras gostosas.  Parece!

O que eu sei que tem mesmo são:

Mesas pela calçada atrapalhando pedestres

alto-falantes na Calçada

Duas TVs sobre o Passeio, cada uma sintonizada em um canal diferente.  Uma delas, lógico, como Dupla Sertaneja.

Na Parte Interna, uma terceira televisão que transmitia uma terceira coisa: corrida de Carro.

Como  disse, parece que a comida é razoável.

Parece e, para mim, sempre vai ficar apenas parecendo porque me recuso a consumir qualquer coisa que seja, até mesmo água, em ambiente tão poluído acústica e visualmente.  Gracinha velha:  dentro desse tipo de lugar, me considere sempre fora!!!

 

Milionário Excêntrico???

Todas as manhãs, ele está lá, de óculos escuros,  ocupando uma mesa da padaria.  Sempre, mas sempre mesmo, falando ao celular.  Não permanece um minuto com o aparelho desligado.  Termina uma ligação, faz outra.    Outro dia, falava de negócio que estava fazendo  de MILHÕES de dólares.

Talvez seja  um milionário excêntrico, já que, ao invés de despachar  do escritório, prefere a padaria para falar em alto e bom som dos seus  milhões para quem estiver em um raio de quatro metros, entenda-se –  a padaria inteira.

Pensando bem, deve tratar-se mesmo é de um idiota sem educação!!!