Arquivo da categoria: Geral

Paulo Francis – Dois Episódios que Não Estão no Filme

A propósito do Documentário Caro Francis, de Nélson  Hoineff, em exibição no Cinema Reserva Cultural 1, algumas passagens, embora não importantes, curiosas e engraçadas.

1) Dizem os amigos que, andando a pé pelas ruas do Rio de Janeiro,  sempre  ao ver um moleque mal vestido, pelo qual iria passar, sujeito grande e forte que ele era,  fechava os punhos e dizia brincando para quem estavesse ao seu lado:

 – Sociologia tem hora, porra!!!

 2) O próprio Francis contava que, no início de sua carreira,  escrevera a expressão via de regra.  Seu chefe na época, jornalista Castelo Branco, salvo imenso engano meu, puxou um risco até a margem da Lauda e foi taxativo:

 – Via de regra é bu…, meu filho!!!

 Rindo muito, Francis comentou que nunca mais usou a expressão.  Antes de ler essa história, não me lembro de ter escrito, nem mesmo falado,  via de regra.  Depois disso, tenho certeza de que também nunca a empreguei.

+++++++++++++++

Viajo amanhã e provavelmente não vou postar nada até meados da semana que vem.

Lápis sem Ponta Para NÃO Escreverem em Cadernos Coloridíssimos

O material escolar em São Paulo subiu o dobro da Inflação (6,61% x 3,65%) de janeiro a dezembro de 2009.  

Em meados de novembro último, publiquei texto aqui mostrando problema sério e, ao mesmo tempo, ridículo enfrentado  por crianças e professores da Rede Pública.

Crianças que estão começando a aprender a ler e a escrever e os dedicados professores quase  enlouquecem. O motivo??? É impossível escrever com o lápis que as crianças recebem.  Escreve, o lápis quebra a ponta; a criança aponta e  a ponta se quebra novamente.  Em  muito pouco tempo, o lápis desaparece, criança e professora ficam numa irritação só!!!  Dá para aprender dessa maneira???

Pois bem,  os  órgãos  responsáveis pela compra do material da Rede Pública deveriam determinar para as empresas fornecedoras em contratos não um número x de lápis que cada criança irá receber, mas sim que cada criança receberá número suficiente de lápis para terminar o ano letivo.  E que ninguém venha alegar que isso motivaria as crianças a não cuidar do material.As empresas fornecedoras receberam do   governo por  lápis que, se supunha, durariam um ano.  Em um instante esses lápis foram consumidos pelo apontador.  Ou seja, as empresas tiveram crédito e não fizeram por merecer esse crédito.   Agora, é atacar o órgão sensível das empresas/empresários:  o bolso. 
Esse órgão sensível, bolso das empresas/empresários, também poderia ser atacado através de outro meio:  Multas, multas bem vultosas. Tenho certeza de que a coisa iria  entrar nos trilhos.

Certamente  é o momento oportuno para se tomar outra medida.  Determinar que papelarias, além de vender cadernos caríssimos, coloridíssimos,  pagando royalties para artistas e empresas detentoras de direitos sobre personagens, também fossem obrigadas a vender cadernos de boa qualidade, simples e por um preço decente.  Leia-se acessível.  

Autoridades, tomem providências!!!  Bordão do Boca:  o homem já chegou à Lua e o Estado/país não consegue(m) fornecer lápis que escrevam, tampouco cadernos por preços decentes!!!  Que tal se ao invés de frases de efeito da publicidade oficial, as autoridades, isso sim, pegassem o pião da Educação na unha e realmente se empenhassem pela coisa.  Não dá mais para perder tempo.  São milhões de crianças e centenhas de milhares de professores se estressando ao invés de ensinar/aprender!!!  Sem contar os pais desperdiçando dinheiro em capas ultra/multicoloridas. E cadê o Brasil, país de todos da propaganda oficial???

Seu Adolfo, da Mega Sena, Dinheiro Não Agüenta Desaforo!!!

Leio que seu Adolfo, jardineiro de 78 anos, que ganhou R$ 72 milhões  da Mega Sena, segundo  boatos,  teria oferecido R$ 5 milhões por uma fazenda que estava sendo vendida por R$ 4 milhões, de acordo com o que contou Sônia, vendedora de Santa Rita do Passa Quatro, cidade  do novo milionário.

Vou falar o óbvio: Seu Adolfo, cuidado, dinheiro não agüenta desaforo.

Em 1972, Dudu da Loteca, que ganhou uma fábula na Loteria Esportiva, ia aos melhores restaurantes e pedia o melhor vinho que havia. 

O maître trazia, ele aprovava  e dizia:

– Tá  ótimo.  Pode temperar a carne  que eu pedi com esse vinho.

Pois bem,  não demorou  muito tempo, Dudu da Loteca se viu às voltas com sérios problemas financeiros.  Parece que acabou se saindo bem e se recuperou.  Não tive mais notícias.

Como digo sempre, prefiro  errar por excesso a errar por omissão.  Repito mais uma vez aviso, sabendo que vão dizer que sou muito chato:

– Seu Adolfo, cuidado: dinheiro não agüenta desaforo!!!

Esmiuçando Tragédias

 Em relação a tragédias, digo sempre que é importante estar informado a respeito de tudo.  Assim sendo, escuto/vejo atentamente  o locutor narrando os fatos e o repórter mostrando a coisa in loco.  Agora, quando o repórter vai perguntar para amigos e família das vítimas o que estão sentindo, boto o controle remoto para trabalhar.

Ontem, estava na esteira de uma academia.  Na compulsória e compulsiva TV, permanentemente ligada, o Jornal Nacional dedica um bloco praticamente inteiro para detalhes da morte de uma jovem soterrada  em Angra,   Não queria parar a esteira e, menos ainda, podia mudar o canal. 

Tino Marcos, famoso repórter da Globo, consegue entrevista com os pais da jovem por ser amigo da família.  Aí começa o espetáculo da morbidez e do mau-gosto do qual não pude escapar.

Assistir à entrevista para mim já foi uma violência, selecionar os melhores, digo, os piores  momentos está muito acima da minha capacidade.  Assim, para quem quiser, deixo o link http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1434699-10406,00-EXCLUSIVO+DONOS+DE+POUSADA+FALAM+DA+MORTE+DA+FILHA.html .

Aliás, seria ótimo viver entre humanos utópicos que não apreciassem esse tipo de espetáculo.  Telejornais se limitariam a narrar objetivamente os fatos com os cinco w – a saber:  quem, quando, como, onde e por que e ponto final.  O locutor anunciaria.  “ Mais detalhes no endereço tal da Internet”

Como disse, trata-se de utopia.  Caso a medida fosse de fato implantada, a emissora correria imenso risco: Todos sairiam correndo para o computador e na frente da TV ficaríamos eu e mais uma meia dúzia!!!

Amigo meu arquiteto já disse:  “o ser humano é um projeto que não deu certo.”  Não me acho superior a ninguém,  entretanto,  esse tipo de coisa não me satisfaz  em qualquer aspecto, mais ínfimo que seja!!!

Pessoas Mal Intencionadas Precisam Mesmo se Ferrar

Mario Bortolotto, dramaturgo que levou três  tiros em um assalto e já está recuperado, disse em seu blog que “queria querer que esses filhos das putas se fodessem mas eu sinceramente não consigo pensar nisso. Não consigo cultivar sentimentos de ódio ou vingança. Não consigo nem pensar nisso.”

Legal, muito nobre da parte dele.  Eu também já fui assaltado e durante umas três horas, junto com mais umas quinze pessoas em um consultório médico, fiquei sob mira de armas de fogo.  Ninguém sofreu nada fisicamente, mas o desgaste psicológico foi muito intenso.  O assalto acabou bem sem ferido algum.  Também não tive qualquer sentimento de ódio  ou  vontade de vingança em relação aos  assaltantes.

Agora,  para pessoas sacanas, que vão fazendo sacanagens premiditadas, pessoas mal intencionadas, tenho uma frase , que  julgo, bem adequada e nem um pouco vingativa ou rancorosa.

Lá vai.  ” É importante que os filhos da puta se fodam, mas é fundamental que você fique sabendo.”

Motoboys Entre os Carros – Nova Lei, Velha e Boa Piada

O sério e triste  assunto Motoboys/insegurança  no trânsito volta ao noticiário. Lei  do Deputado baiano  Marcelo Freire Guimarães Filho (PFL)  quer proibir moto  de circular entre as filas de automóveis em movimento e também entre automóveis em movimento e o meio-fio.
Assunto sério, mas oportunidade para relembrar boa piada que já publiquei aqui.
Lá vai:

**********************

Mulher fica presa na privada e grita por socorro.
Solícito, o zelador aparece no apartamento.
Antes de o zelador entrar no banheiro, constrangida, ela pega o capacete do marido que estava  por ali e se cobre.
O zelador  a tranquiliza:
– A senhora pode ficar sossegada. Vou lá embaixo pegar as ferramentas, chamar um companheiro e vamos tirá-la daí. Agora o motoqueiro…, o motoqueiro já era.

******************************

A piada é ótima, mas o assunto é sério e muito complexo. Torço  para que se tomem providências eficazes para dar segurança aos motoboys/motociclistas mas para que, ao mesmo tempo, a vida dos motoristas não seja transformada em um meta-inferno de estar a passos de tartaruga em congestionamento e ter motoboys voando por todos os lados, exceto por cima –  (exceto ainda!!!)

Irã e Bolívia dão de Dez a Zero no Mundo “Civilizado”

Mahmoud Ahmadinejad, em visita oficial ao Brasil, usou o tempo inteiro terno sem gravata.  No Irã, desde a revolução em 1979, gravatas são consideradas símbolo da opressão cultural do ocidente e lembram a cruz cristã.  “O uso de Gravatas é legalmente proibido para iraninanos,  mas na prática  seu uso ocasional raramente é penalizado”.

Evo Morales, presidente da Bolívia, igualmente, se recusa a usar gravata.

Abaixo, transcrevo trecho de artigo que publiquei aqui quando Evo Morales foi à posse de Cristina Kirchner sem gravata.

Todo mundo já parou e pensou que a exigência de terno e gravata chega ser uma afronta, principalmente em países quentes como o Brasil. O presidente Morales transformou em ação o pensamento.

Os homens podem estar perfeitamente bem vestidos com calças leves, camisas de mangas curtas com botões – abotoados até o último antes do pescoço. Se assim é, por que a estúpida exigência de terno e gravata???
Aliás, acho que até a elegância sairá ganhando muito se a moda pegar. Como simples calças e camisas são infinitamente mais baratas do que ternos, nossos olhos serão poupados daqueles políticos e diversas autoridades que insistem em usar o “paletozinho” (muitas vezes verdinho ou azul clarinho) de quando eles pesavam uns 20 quilos menos e fica, na linguagem de outro político, “infechável”, expondo aqueles vexatórios barrigões.

Apenas como curiosidade: sabem qual é a origem da gravata??? Segundo li, os homens medievais traziam enrolados nos pescoços grandes pedaços de pano que utilizavam para limpar as mãos durante os banquetes. Naquela época, ainda não havia talheres. Pedir para que imaginem o estado desses panos no pescoço não seria elegante de minha parte.

Cidadãos, uni -vos e lutai para que paletós e gravatas possam ser absolutamente opcionais em todos os lugares. Se bem que eu ainda ache que os paletós “infecháveis”, com barrigões à mostra, deveriam ser proibidos por lei.

Irã e Bolívia, em relação ao  be-a-bá  do óbvio olulante, estão léguas à frente do mundo ocidental civilizado (entenda-se por civilizado suar em potes graças ao terno e gravata obrigatórios debaixo de 35/40º de temperatura!!!))

Todos pela Educação??? Mas e os Lápis sem Ponta???

Bonita, muito bonita e, provavelmente,  também muito dispendiosa  a publicidade que o governo faz na TV a respeito do ensino público.  Diz o locutor/a: Eu, você, todos pela Educação!!!

Pena que falhas, inoperância e descaso venham desde a base.

Prédios relativamente bonitos, modernos e bem construídos que abrigam algumas escolas públicas estaduais estão em péssimo estado de conservação.  Em uma escola da periferia da Zona Sul,  o que mais se vêem são pombas infectas (pleonasmo) por todos os lados e sujeira (me entendem???) cobrindo o pátio, muros e telhado. No recreio, a criançada no meio da sujeira.  Isso sem contar que algumas  vezes cachorros invadem salas de aula.  Higiene e saúde, por água abaixo!!!

Nessa mesma escola, crianças que estão começando a aprender a ler e a escrever quase  enlouquecem. O motivo??? 

É impossível escrever com o lápis que as crianças recebem.  Escreve, o lápis quebra a ponta; a criança aponta e  a ponta se quebra novamente.  Em  muito pouco tempo, o lápis desaparece, criança e professora ficam numa irritação só!!!  Dá para aprender dessa maneira???

As empresas que fornecem esses lápis de péssima qualidade deveriam ser multadas em quantias vultosas para  aprenderem a não brincar com coisa séria.  Afinal, não bastam(mos) eu, você, todos pela Educação se nem os lápis escrevem!!!

Autoridades, tomem providências!!!  Bordão do Boca:  o homem já chegou à Lua e o Estado/país não consegue(m) fornecer lápis que escrevam!!!  Que tal se ao invés de frases de efeito da publicidade oficial, as autoridades, isso sim, pegassem o pião da Educação na unha e realmente se empenhassem pela coisa.  Não dá mais para perder tempo.  São milhões de crianças e centenhas de milhares de professores se estressando ao invés de ensinar/aprender!!!

E cadê o Brasil, país de todos???

1,99??? E o Troco???

Pego um calção de banho de R$ 19,99 na prateleira de produtos à venda de  uma das  maiores e mais tradicionais lojas de Tecidos do Brasil. Dou R$ 20,00.  A caixa  me pergunta se quero Nota Fiscal Paulista, guarda o dinheiro, coloca o produto em um saco plástico. E dá por encerrada a venda. 

Pergunto se não está faltando alguma coisa. A caixa me responde que não.  Explicito o que quero dizer:

– E o meu troco???

– Eu não tenho moedas de um centavo.
Ela responde e, mais uma vez, tenta dar a venda por encerrada.

Digo que o problema não é meu.  Ela que me dê uma moeda de dez, cinco ou vinte e cinco  centavos.  Eu, consumidor, é que não posso e não vou  perder esse centavo.  Ela ainda quis argumentar, mas um superior, que estava ao seu lado, mandou que me desse 10 centavos.

Recebo os 10 centavos, agradeço e, no caminho até a Rua, (como já disse, tratava-se de loja imensa), observo que praticamente todos os preços terminam em 99 centavos.

Logo que o Macdonald´s se instalou no Brasil, comprei um sanduíche, um suco.  Dei  o dinheiro.  Ao conferir o troco, digo que recebi 50 centavos a mais. Bem e corretamente treinado, de pronto, o funcionário do caixa  explica:

– Quando não temos o troco certo, sempre damos a mais.  O freguês nunca pode ficar com prejuízo por nossa falta de troco.

Que diferença de postura, hein!!!???

Por óbvio (como diz um amigo)  que ao dar no caixa do supermercado duas notas de R$ 20,00 para pagar uma soma final de R$ 39,75 não exijo os 25 centavos de troco. 

Por óbvio 2, se compro um único produto no supermercado de R$ 39,99 e, igualmente, dou duas notas de R$ 20,00 exijo e recebo meu troco.

Se todos fizessem isso, acabava a gracinha dos eternos e infindáveis 99 centavos em tudo que é tabuleta de preços que estão ali só pra inglês ver. Aliás, se bem conheço os ingleses (vide esse texto já publicado aqui no Boca

http://bocanotrombone.ig.com.br/2009/03/26/nao-banho-e-mesquinhez-inglesa/ ,suponho que eles também exigiriam o troco até o último centavo (penny)

Governo do Estado de São Paulo Comemora Halloween!!!

Colégios brasileiros e o comércio  acharem chique festejar o Halloween eu já taxava de  esquisito.  Agora, A Casa das Rosas, entidade do Governo do Estado de São Paulo, promover um Sarau  amanhã  em comemoração ao Halloween já é imensamente muito mais que demais!!!

Verso da música brasileira sintetiza com perfeição a coisa:

Se mandioca fosse americana, farinhada seria comida de bacana!!!

Engraçado???  Eu acho que é de dar dó!!!  Ainda bem que o destino poupou o saudoso Plínio Marcos, defensor de nossa cultura,  dessa modinha babaca!!!

Boca no Trombone é democrático e deixa o endereço do Sarau do Halloween.  Amanhã,  a partir das 20 hs, Av. Paulista, 37, próximo ao Metrô Brigadeiro.

Quero ver é coragem dos pais seguirem a tradição americana e mandarem seus filhos pela cidade tocando campainha nas casas e gritarem:

– Doce ou Travessura!!!