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Manias Dentro, e até fora, de Banheiros Públicos

Posso ter um pouco de frescura em excesso,  certa obsessão por limpeza, mas, lógico, não sou o único.

Muitos, como eu,  usam  papel higiênico ou papel  toalha   ao abrir a porta  para sair do banheiro.

Agora, lá vão as idiossincrasias, se preferirem, neuroses mesmo, minha e de um conhecido.  A do meu conhecido, bem mais divertida, fica para o final.

Prefiro ter a bexiga perfurada a  pegar a chave do banheiro de buteco  para destrancar porta.

Meu conhecido, horas antes de pegar avião, seja quanto tempo for durar a viagem,   não toma uma gota de água e,  pouco antes da última chamada para o voo, vai ao banheiro do Aeroporto.  Em hipótese alguma, usa o banheiro do avião.  Ele explica:

– O sujeito tá lá no banheiro, dá uma turbulência e é urina para tudo quanto é lado.

Cada louco com sua mania.  Acho bom, porque, como escrevi no início, prova, definitivamente, que não sou o único.

Felicidade Atual está na Ponta dos Dedões (Polegares)!!!

Arquimedes, filósofo grego que viveu antes de Cristo (287 a.c e 212 a.c), disse:

“Dá-me uma alavanca e um ponto de apoio e levantarei o mundo”.

A impressão que tenho, andando pela rua e convivendo com as pessoas,  é que elas já atingiram a felicidade/ “plenitude absoluta” e poderiam expressar isso  assim:

“Senhor, já me destes Iphone, Ipod* , Facebook, Whats App; com isto, levastes minha felicidade ao grau supremo/absoluto”.

Falar com todo mundo a qualquer instante,  mandar mensagem escrita, compartilhar passaram a ser a principal razão de viver de muitos (as).  E eles (as)  se acham geniais quanto mais  conseguem vender  imagem inteligente de si próprios (as) nas tais de redes sociais.  O  simples compartilhar já os  satisfaz em demasia e até mesmo a etapa anterior – ler o que foi compartilhado.

Felizmente, dentro dessa aí, tô fora!!!!

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* Em Tempo, Ipod – eu chamo de Aifode!!!  Injustiça minha com o pobre do Ipod, porque tudo isso, sendo usado com a obsessão que se utiliza hoje,  não deixa  possibilidade de as pessoas  conversarem pessoalmente e se satisfazerem apenas com quem está presente.  Todo mundo necessita de todo mundo o tempo todo.

O inferno deve ser bem menos aflitivo!!!

Não Quero Ganhar Sozinho a Megasena da Virada!!!

Lombardi, como os mais velhos se lembram, era locutor do programa Sílvio Santos.  Ele nunca aparecia. Apenas participava  com sua  voz  anunciando  produtos ou fazendo  comentários.

Humorista no teatro apresentou  quadro engraçado imaginando como seria o dia em que o Lombardi ganhasse sozinho grande prêmio em dinheiro na Loteria.

Era mais ou menos assim.

Sílvio Santos, no programa ao vivo,  dizia:

–  Lombardi, conta para a gente  as novidades de hoje.

Lombardi:

– Vai se fo…, Sílvio Santos.

Sílvio:

– Como, Lombardi??  Eu não entendi direito!!!

Lombardi:

– Se você não entendeu, eu repito:  Vai se fo…, Sílvio Santos!!!

Por aí o quadro continuava  com mais algumas falas.

A Megasena corre amanhã.

Se você for  o único acertador, você já imaginou quem seria o “seu” “Sílvio Santos”???  Sua sogra, seu cunhado iriam merecer seus afagos verbais nos primeiros minutos de 2016 ou você teria que esperar até segunda-feira para encontrar o seu Sílvio Santos no trabalho???

Eu, de minha parte, não vou revelar  quem é que eu mandaria em alto e bom som se fo… .  Meus amigos mais próximos, entretanto,  sabem de quem se trata.

Ih, agora que eu escrevi, ferrou tudo.  Se eu fizer esses   carinhos  verbais tão merecidos,  o meu “Sílvio Santos” vai logo desconfiar.  Por se tratar da pessoa mais ordinária que existe  no mundo, certamente  tramará o meu sequestro e pedirá de resgate todo o dinheiro do prêmio.

Eu vou ser o único acertador da Megasena e vou ficar bem quietinho.  Mas em pensamentos…  Aliás, em pensamentos, nem preciso ganhar na megasena  para desejar que ela se f…!!!!

Se eu não vou poder fazer como o “Lombardi” do humorista fez, e  mandar a pessoa em alto e bom som se fo…, nem quero mais  ganhar a Megasena!!!

Apelidos – 2

O Bar Estadão, na Major Quedino, centro de São Paulo,  é super famoso por seu sanduíche de pernil, além de permanecer aberto 24 horas.  Salvo engano, são oito pernis consumidos por dia.  Na última vez que comi lá, não achei nada demais.  Hoje, passei o dia na Câmara Municipal e na hora do almoço comi um sanduíche de pernil.  Simpático, o balconista me deu ainda uns belos pedaços de pele de porco queimada: pururuca.

Sempre fui contra apelidos pejorativos, mas comentando com minha namorada, há pouco por telefone,  quão delicioso estava o sanduíche,  criei o segundo apelido perfeito para uma das duas mulheres, para as quais  já dera excelentes apelidos.  O apelido recente:  PURURUCONA!!!  Ela merece, é a pessoa mais ordinária que já conheci.  Como digo sempre, a imensíssima maioria das pessoas são  do bem.  Ordinários são ínfima minoria.  Mas a PURURUCONA não vale uma moeda de um centavo furada.

Ao invés de deixar apenas o link para o texto, vou copiar e colar.

O post tinha o título de Apelidos.  Lá vai:

Jamais chamei alguém por apelido pejorativo, por mais que os outros o fizessem.  Jamais!!!

Na Redação de jornal da Grande Imprensa, todos tratavam   aquele repórter, pelo fato de ser mal ajambrado,    por Pé na Cova.    Eu, sempre pelo nome.

Graças a informação que ele me passou (já que estava ocupado em uma grande reportagem), eu fui o primeiro jornalista a anunciar que famoso pugilista brasileiro não poderia mais lutar por problemas sérios de saúde.  O fato é triste, mas, graças a ele,  eu dei o furo de reportagem.

Alguns meninos mensageiros do setor de Imprensa do Palácio dos Bandeirantes, muito anos atrás, eram oriundos da Febem.  Havia um, o Ronaldo (nome fictício),  que, ao pular uma fogueira de S. João quando criança, caiu e teve queimaduras horríveis com sequelas, perdendo,inclusive, as pontas de alguns dedos.

Como todos o chamava, exceto eu???

É inacreditável:

– Churrasquinho.

Bem, mas quando o assunto é nego (a) arrogante, prepotente e, lógico,  desprezível, aí é comigo mesmo!!!

Nos tempos da fabulosa música do Gil, Pessoa Nefasta, trabalhei com uma mulher que era  Horrorosa de Ruim.  Batizei-a de Nefasta.  Talvez, exceto ela, ninguém a conhecia mais pelo nome.

Uma outra colega de trabalho deu algumas folhas para o mensageiro e falou com muita clareza  que ele as entregasse para a Nefasta.   Pois não é que a outra não viu que a Nefasta estava bem ali atrás.  O rapaz não teve dúvidas. Virou-se e disse:

– Toma, é pra você!!!

Ela  pegou os papéis, não entendeu ou fez que não entendeu.

Eu conheço um cara que tem verdadeira ojeriza à  luz.  Nos lugares em que trabalhou,  todas as janelas e cortinas permaneciam fechadas e um micro abat-jour, com lâmpada de 40 wats no máximo, protegida por uma cúpula,  iluminava infimamente  raio de  cerca de 20, 30 centímetros de sua mesa.

Como eu o batizei???

– Escondidinho no Escurinho!!!  É lógico, é ótimo e é o retrato do cara.

Suponho que esteja milionário pois deve ter sido o inventor desses insulfilmes que tornam os vidros dos carros  nigérrimos e praticamente opacos.

E finalmente a última, o mesmo perfil da Nefasta,  mas cercada de banha por todos os lados, desde a ponta do dedão do pé até a ponta do último fio de cabelo.  Como me refiro a ela???

– Oito Arrobas!!!

Arroba, como se sabe, é unidade de medida para pesar porcas e vacas.  Cada arroba vale 15 quilos.

Aliás, tenho quase certeza de que  acontece com ela o que o formidável Ari Toledo contou a respeito de uma mulher muito peluda, mas muito peluda mesmo.  A mulher peluda  foi transar com um cara e o sujeito não tinha noção  de onde atacar e falou para ela:

– Benzinho,  faz um xixi aí para me dar uma pista!!!

Apelidos cruéis os meus, não são???   Mas os titulares merecem até a ultima gota de tinta da última letra de cada um!!!

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Acabei de criar um problema para mim mesmo:  agora, ao me lembrar dela, vou me lembrar como Oito Arrobas ou Pururucona???  Coitado do marido,  tem que pedir pista para transar e a pele da pururucona mesmo, que é boa, ele não pode comer.  Aliás, seria legal ver a bicha “pururucar”.  Comer, não porque tenho medo de morrer envenenado!!!

Bem, para levantar o Astral, ouça a música Pessoa Nefasta,  do Gil, com o próprio.  Se o Gil  quiser novamente retratar pessoas  do mal, estiver sem inspiração  e precisar conhecer mais sobre o tema, é  só me chamar que eu indico o endereço dessas duas   conhecidas.

Para ouvir a música Pessoa Nefasta, clique aqui

“Burros, Peçam a Deus que os Mate”

Achava muito curioso como meu pai gostava de usar a expressão:  quem é burro pede a Deus que o mate a ao Diabo que o carregue ( Domínio Público).

Curioso por meu pai ser um homem muito inteligente.   Pessoas inteligentes convivem com pessoas inteligentes e ele, de fato, conviveu  na Política, na Faculdade de Direito, inclusive colegas com quem estudava junto para as provas,  bem próximo de  Homens brilhantes. Mas, talvez por ser muito  generoso, era abrangente com amigos de todos os QIs.   Às vezes custava e custa a crer como ele não desejasse  “que deus matasse alguns de seus amigos(as) e o diabos os (as) carregassem”.  Mesmo após sua morte, percebo  com clareza essa sua benevolência com os burros.  Não vou ser eufêmicos e falar com os menos privilegiados; eram e são burros mesmo, na acepção do termo.

Homem aflito como meu pai  era, devia ser martírio essa convivência, dou-me conta agora que esse era mais um traço de grandeza do caráter dele.  Que lá no céu desfrute  todo o   tempo , batendo papo  com o Arrobas Martins,  Paulo Emílio, Prefeito Faria Lima, Tio Reynaldo Sodré, Tia Flora,  Jair Carvalho Monteiro e Maria Lúcia, Renato Véras, Roberto Sodré, Renato Amaral Sampaio Coelho, Quintanilha Ribeiro, Celso Galvão, Antônio Roberto Sampaio Dória, Thereza Christina Sampaio Dória, minha mãe, minhas tias, meu avô, minha avó, entre outros.

E nós aqui na Terra, como dizia Chico, vamô levando com aqueles que o dia a dia põe ao nosso lado para papinhos medíocres e, pior, que não dizem  nada, tampouco saem  do lugar.  A gente vai levando, a gente vai levando…

E os burros também , vão levando e. pior, junto com eles, vão esgotando nossa paciência e generosidade!!! E  o Diabo, esperto, simplesmente os ignora!!!

Dá Para Acreditar???

Cada um pode fazer um milhão de tentativas  e garanto que ninguém vai adivinhar  sobre o que dois jovens, de mais ou menos 20 anos,  conversavam no começo da noite de ontem na Avenida Higienópolis, zona oeste da São Paulo, Capital.

Pense, se quiser pense até o fim de semana e depois volte a ler para ver se descobriu..

Pois bem, eles estavam  comentando como se conjuga o Verbo Procrastinar.

Se me contassem, não acreditaria.

Abaixo,  o presente do Indicativo do Verbo; vai que você encontra um deles por aí…

Presente do Indicativo 
eu  procrastino
tu  procrastinas
ele  procrastina
nós  procrastinamos
vós  procrastinais
eles  procrastinam
Nem é tão complicado assim, já que se trata de verbo regular.   Agora, encontrar dois jovens com esse tipo de conversa, em pleno Feriado Religioso,  é que foge completamente do regular, do imaginável…

Insuportável Mundo Novo!!!

Começo dessa noite, na Gabriel dos Santos, Higienópolis, Zona Oeste de São Paulo.

Menino, com cerca de um ano e meio/dois,  com o pai.  Não, não estava andando e “conversando” com o pai.   Estava em um carrinho jogando vídeo game.

Como dizia música do Raul Seixas, sujeito chato sou eu, que deveria estar admirado de o pai não estar falando ao celular, ou olhando a maldita telinha do smart(esperto???)phone!!!

Para terminar,  acho que, plagiando Huxley, criei expressão para definir os dias de hoje ao escrever o título para esse post: Insuportável Mundo Novo!!!

Dá pra discordar???