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Diabo, Chega de Moleza!!! Intensifica a Ocupação Aí no Inferno!!!

Estou pensando aqui comigo:

Por que  morrem mais pessoas do bem do que do mal?

Consegui encontrar duas razões.

  • Essa primeira é óbvia. Os do bem são em muito maior número.
  • O diabo já deve estar satisfeito com a população do inferno e só chama os novos habitantes quando eles já estão aqui  na Terra na  prorrogação do segundo tempo.  E chama  muito a contragosto.

Entretanto seria  muito legal se o diabo abrisse as poucas exceções de fato urgentes  e fosse despoluindo o nosso  Planeta

Afinal, como já disse algum colega frasista, às vezes a página de necrologia do jornal traz uma boa notícia.

Se bem que pessoas muito mixas (sem valor, ordinárias) não tenham suas mortes anunciadas nem em tablóides populares.  De qualquer forma, mesmo que não saia em   jornal algum,  você vai ficar sabendo.    E aí, é correr pro abraço!!!

Sócrates Filósofo e Não Abro Mão do Meu Computador. Só do Computador!!!

Óbvio que tenho computador, aliás, tenho desde meados da década de 80, um oito bits.  Você escrevia EU VOU AO CINEMA no programa de texto e mandava gravar, demorava uma infinidade de tempo.  O oito bits está para o Computador de hoje  assim como o Carro de Boi para um automóvel  Mercedes Benz último tipo.

Voltando, tenho computador, dois,  um em casa e outro no escritório.  Logo mais terei apenas o de casa, já que pretendo mudar o escritório para casa.  Imagine só a economia de tempo no trânsito.  Não vejo a Hora.

Pois bem, computador em casa e o mais afastado  que  meu apartamento permite da sala de visita, no mesmo cômodo onde está a televisão.   Além de distância de celular, também quero ficar longe  de tablets, notebooks e smarthphones.  A razão é simples.  Fiz até uma frase.

“A mim, me basta estar conectado com as pessoas ao meu lado”.

Falar, eu falo no telefone de casa, eventualmente no orelhão,  apenas com a pessoa que estiver do outro lado do fio/telefone, sem incomodar quem quer que seja.

É isso, quero estar de corpo e mente  apenas no lugar onde estou,  observando e usufruindo o máximo possível do que estiver à minha volta.   É tão simples!!!  É tão bom!!!

Tenho exatamente a mesma sensação do filósofo Sócrates, que morreu no ano 399 Antes de Cristo.  Ele gostava de passear pelo centro comercial  de Atenas.  Quando se aproximava um vendedor perguntando se queria algo, ele respondia:

– Não, estou apenas observando quanta coisa que existe no Mundo das quais eu absolutamente não preciso para ser Feliz.

Às vezes vejo um preço absurdo em uma vitrine, rio muito.  E me lembro de Sócrates, lógico.

O Mundo se Transformou Nisso!!!

Acho que já tá virando  série no Trombone – A Natureza Limitou a Inteligência, mas não limitou a burrice, tampouco a Imbecilidade.

Para provar, quatro ou cinco jovens estão em bar da Alameda Barros com Conselheiro Brotero batucando  pandeiros e outros instrumentos de percussão, há pelo menos umas seis horas.

Além de incomodar muito, o ritmo é absolutamente o mesmo.  Nem batucar os desinfelizes sabem!!!  Pobres Diabos!!!

E pensar que exatamente nesse local, até vinte anos atrás, funcionou o Armazém mais fabuloso e tradicional de São Paulo, onde se podia comprar de tudo, tomar cerveja espetacularmente gelada,  sem  televisão e, principalmente, sem qualquer idiota causando o mais ínfimo  incômodo que fosse!!!

Até Tu, Paulus???

Suponho ser  um dos mais obstinados combatentes do Complexo de Vira-Lata.  Para Nélson Rodrigues, Complexo de Vira-Lata ” é a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo” Ainda, segundo o escritor,  “o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem”.

Na minha  caixa de entrada de emails, email indesejado, aliás, que devia ser proibido, não é mesmo presidente Dilma,  (do marco da Internet)???  O  assunto/Título:  MORE EM VILA MARIANA.

Já pensei, não com meus botões, já que estou de camiseta, mas com minhas teclas:

– Que absurdo, por que não MAIS EM VILA MARIANA???

Tão condicionado que estou com a onipresença do Complexo de Vira-lata, que li More, de mais em inglês,  ao invés de more, de morar, em Português.

É tão massacrante/intenso o pipocar de demonstrações de Complexo de Vira-lata que verbo regular da primeira conjugação, eu já tava taxando de viralatismo!!!

Barulho, entretanto, tem muito mais eficácia bloquear minha mente do que qualquer outra coisa no planeta.  E, confesso, salvo um ou outro idiota motociclista que passa a cada cinco minutos com escapamento aberto, não há outro barulho desde que comecei a escrever esse texto.

Outro dia, tomei vacina de gripe, preciso tomar uma contra complexo de vira-lata urgentemente!!!

Será que o viralatismo está mesmo tomando conta de mim???  Pior do que isso, só perder braço, perna, mão…

Quiser ler mais sobre Complexo de Vira-lata, clique

Prefiro a Morte

Algumas vezes durante o primeiro semestre da ECA – Escola de Comunicações e Artes – , o simpático  José Clóvis e seus longos cabelos encaracolados foram estudar e almoçar na minha casa.  Mais que suficiente para meu pai ficar imaginando que todos os meus colegas fossem como ele.

Meses depois, no Shopping Iguatemi,  encontro a Denise,  que também começou o curso básico da faculdade na minha classe.  Trocamos algumas palavras, beijinhos no rosto ao nos encontrarmos e na despedida.  Meu pai pergunta quem era.  Digo que era colega.   Meu pai:

– Puxa vida, uma menina bonitinha dessas estuda na ECA!!!

Bonita e talentosa atriz amadora, embora não tão jovem,  que tenho encontrado ultimamente, ao prender os cabelos deixa à vista a tatuagem na nuca.

Imediatamente lembrei-me do  Zé Clóvis, Denise e meu pai;  pensei exatamente a mesma coisa que ele, décadas atrás:

– Uma mulher bonita e interessante dessas com esse treco eterno  no corpo…

Será que tô velho???

Para disfarçar e mostrar que estou na crista da onda,  vou tatuar algo!!!

Brincadeira.  Como já escrevi, prefiro a Morte.  Se quiser ler, clique

“Cercado de Estresse Por Todos os Lados”*

No meio da manhã, comentava com um amigo que não aguento mais, entre todos os estresses que me acometem, o estresse pelo excesso de tecnologia, senhas, cartões disso, cartões daquilo, entre outros infernos.

Irônico, meu amigo sugeriu-me algo como, não me recordo bem,  mudar-me para algum afluente da margem esquerda do Rio Amazonas (margem esquerda é mais longe de S. Paulo que margem direita), ou até mesmo mudar de Planeta.

Pois bem, recomendaram-me que assistisse uma palestra sobre Fundos de Investimentos em TV via Internet (é assim que se chama???).  Aplicado que sou,  dez minutos antes,  acionei a coisa.  No horário em que era para começar, não começava.  Quando começou,  o som fazia um eco do outro mundo.  Uma pena porque o que falavam os quatro palestrantes ( o eco os transformou em oito palestrantes) parecia muito bom.  Infelizmente, não dá para tampar o ouvido que ouve o eco e ficar escutando só com o ouvido que ouve a fala que causa o eco.

Desliguei e agora escrevo a respeito.

* Em tempo, cercado por todos os lados  é um pleonasmo.  Nesse exato momento,  uma sirene toca e não consigo continuar meu raciocínio.  Tinha algo interessante para contar sobre cercado por todos os lados.  Aliás,  meu almoço foi acompanhado por britadeira e marretas da vizinha de prédio que está trocando o piso da área de Serviço.  E a sirene continua e eu não consigo me lembrar do que queria dizer sobre cercado por todos os lados menos por um.

Sirene:  o que adianta o cara ligar a sirene e não desligar se ele está preso no trânsito???

Dá para parodiar a música:  Tristeza não tem fim/Felicidade, sim.

Ficaria assim:  Estresse não tem fim/ Sossego, sim!!!

É a barbárie!!!

Quiser ouvir a música e continuar a Paródia. Eu apenas “plagiei” o título.  Clique e ouça

Não Sou Cafetão!!!

Lembro-me bem de uma história do Zé Carioca que li quando era criança. Sem jamais ter estudado qualquer técnica de pintura,  ele se mete a pintar quadros. E não é que um sujeito vê suas pinturas  na rua e  compra todas.  E mais, o sujeito diz para ele que vai dar uma aula a partir de seus quadros e convida o simpático Zé para assistir.

Corte.

Há negos  extremamente ignorantes e, apesar disso, ou até mesmo por sua ignorância ,  orgulhosos e arrogantes; metidos a dar opinião a respeito de tudo, com a maior prepotência imaginável.

Já escrevi sobre tipos assim.  No final o link sobre o elemento.

Voltando ao Zé Carioca.   Todo convencido, lá vai ele para a tal aula.  O professor usa cada um de seus quadros para ilustrar todos os absurdos que ignorantes em técnicas elementares de pintura poderiam cometer.

Pois eu, se tivesse filhos, ou fosse dono de escola,  convidaria com certa freqüência sujeitos ignorantes/arrogantes para bater papo com o meu filho ou com a criançada.  Eu deixaria o “palestrante”   à vontade durante uns quinze minutos  com a molecada.  Passado esse quarto de hora, encerraria a coisa, levaria o elemento ao funcionário do financeiro da escola, (se fosse em casa levaria para outra sala), pagaria e o acompanharia até a calçada.

De volta às crianças, perguntaria:

– E aí, gostaram do que viram???

Com absoluta certeza, a molecada iria dizer que foi um verdadeiro pesadelo, que o sujeito mal conseguia falar.

E eu, no lugar da Diretora/pai, marcaria meu gol de placa:

– Então, menos internet, menos smarthphone  e  mais estudo!!!  Afinal, quando vocês crescerem,  vocês não querem  se tornar um bicho que mal consegue falar uma  uma frase com sujeito, predicado e verbo, querem???

Tenho certeza de que ouviria um uníssono não da molecada e a partir do  minuto  seguinte teria o grupo de alunos mais aplicados de todo o Planeta.

Quiser ler outro  episódio sobre esse mesmo sujeito, clique aqui

Sei que todo mundo vai querer contratar o cara e vai me escrever.  Mas, infelizmente, não vou  dar o telefone da fera porque eu não posso me tornar  cafetão da Ignorância!!!

O Órgão Sensível de Todo Mundo e o Terror da “Chave Na Mão”!!!

Lógico que às sextas-feiras sempre cheguei bem tarde em casa.

Antes da doença do meu pai, nos agitos.  Durante a doença do meu pai, plantões no hospital!!!

Naturalmente, a morte do meu pai mudou tudo isso.  A grande extravagância das sextas-feiras passou a ser assistir ao Globo Repórter (aliás, daqui a pouco, tô lá; a coisa promete imagens deslumbrantes, para sonhar ver ali cara a cara).

Bem, tudo isso para dizer que nas primeira e segunda  “sexta-feira caseira”, barulho que vinha do buteco da esquina infernizava meu jantar e não me deixava ouvir o Sérgio Chaplein no  Globo Repórter.  Interfonei para vizinha e ela me disse que toda sexta-feira era isso.

Deixa eu entender, como dizia ex-namorada, toda sexta-feira era isso e centenas de pessoas ao redor do buteco se conformavam???

Imediatamente liguei para a Polícia Militar; fone 190.

Fui muito bem atendido, expliquei o que acontecia.  Resultado: sexta-feira seguinte e todas as próximas, há mais de dois ou três meses, não houve (e não se ouve –  perdão pelo trocadilho)  o mais mínimo ruído.

Sabem por que???  As pessoas tem um único órgão sensível: o bolso.  E também não gostam de chaves na mão. Explico:  chave do xadrez  na mão do sargento que vai atender a ocorrência.

Direito aviltados, fiquem sabendo: 190 e, como diria Aracy de Almeida, estamos conversados!!!

Ops, o Globo Repórter já começou.  Lá vou eu!!!

 

Não Tem Limite

Em uma única semana, no ano passado, pelas ruas das Perdizes, vi três ou quatro cachorros sendo conduzidos em carrinhos de bebê.

Depois disso, vi mais alguns outros, não com tanta intensidade, mas ao longo dos meses seguintes.

Dois dias atrás, entrando no Shopping Bourbon, o sujeito trazia o cachorro  fixado junto ao Peito, como mães carregam bebês.  Entretanto, mães colocam os filhos virados para si;  o cachorro do infeliz estava com o focinho pra fora.  Certamente o dono não queria levar lambidas na boca.  Quanto à possibilidade de isso acontecer a outras pessoas, certamente o elemento estava pouco se lixando.

Repetindo um dos bordões do Trombone, aliás, de domínio público: “a natureza limitou a inteligência, mas não  a burrice”; tampouco limitou a imbecilidade.  O que está sem aspas foi acrescentado por mim à teoria de domínio público.  Infelizmente, a cada dia que passa constato que mais gente prova que estou absolutamente certo!!!

Só Sofisticação

  • Uma nova filial da Pizzaria Veridiana foi inaugurada no começo da Rua Turiassu.  Acredite se quiser, mas não tem televisão.  Há um piano, está certo.  Espera-se que o pianista esteja imbuído de que não é um concertista e que sua função é fazer suave fundo musical.   Caso contrário, barulho por barulho…
  • Todos os domingos tenho ido almoçar na casa da mulher do meu pai.  Ela já me disse que meu convite é permanente.  Mesmo assim, faço questão de avisar que vou, e quando não vou,  também telefono. Hoje à tarde, ela havia saído, disse para empregada que estaria lá no domingo, como de costume.  Há pouco liguei para confirmar.  A mesma empregada:    – Dona Rosana  disse que tem muito gosto que o senhor venha!!! Assim mesmo, com essa perfeição no uso do subjuntivo.
  • Sempre tive ojeriza por todo e qualquer tipo de desperdício, sobretudo d´água, mesmo em épocas de rios e reservatórios transbordando.  Desse modo, tenho  descartáveis em casa para  dar  aos moradores de rua da vizinhança a comida que está na geladeira e que, diante mão, sei que não será consumida.   Um deles, sempre ao receber o descartável , devidamente embalado, fecha a mão direita, coloca  no peito, lentamente afasta em minha direção e diz:  – De coração pra coração.

Não é uma graça tudo isso???  A mim, pelo menos, me encanta muito.

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