Quinze de Julho. Pleno inverno. Saio à noite de manga curta. Levo malha de linha. Mas não preciso usar. É só o mais mínimo absurdo de uma série que encarei.
Embaixo do minhocão, para fazer batida, Polícia fecha duas faixas de trânsito. Congestionamento monstro. Consigo escapar. Ao passar a pé pelo bloqueio, poucos metros à frente, vejo um carro Dodge Dart lindo, da década de 70. Lindo mas com escapamento aberto. Estava estacionado, acelerando, fazendo barulho ensurdecedor e a Polícia nem aí!!!
A pé, chego ao bar/teatro na Pça Roosvelt onde estava se realizando um sarau, para o qual recebera convite através de email. Até onde eu sabia, iluminação era ítem fundamental para teatro. Pois bem, ali só havia as famigeradas lâmpadas do apagão. Não é frescura, não. Eu não consigo ficar sob essas lâmpadas. Aliás, não sei como alguém consegue. Enfrentei bloqueio policial, congestionamento, andei vários quarteirões a pé para chegar. Chegar, e sair cinco minutos depois.
Na volta, sou brindado com um monumento ao mau gosto. Na rua Araújo, um hotel, com nome em Inglês, naturalmente. Trata-se de um prédio antigo, para não dizer velho. Não sei se para esconder a velhice do prédio, ou por julgar elemento arquitetônico sofisticado, foram erguidos uns arcos na fachada. Chega a ser engraçado. Se passar pela Rua Araújo, não perca a oportunidade de ver.
No rádio do carro, a única salvação da Noite: entrevista com Carlinhos Vergueiro na CBN. Entre outras coisas, falou do Festival de MPB Abertura de 1975, da Globo, que ele venceu com a belíssima, porém conservadora música, Como Um Ladrão. Eu estava na Platéia. Não posso dizer que concordei plenamente nem que discordei plenamente da escolha do Juri. Letra belíssima, com música conservadora, se é que existe música conservadora!!!
Ouça a música. Clique aqui Paulinho da Viola canta com o autor Carlinhos Vergueiro. Repetindo, Belíssima Música!!!
Prezado Paulo:
Li ontem e reli hoje o seu artigo datado de 16/7 último e gostei.
A respeito do seu comentário sobre o hotel situado na rua Araújo ,lembro-me que no local funcionava uma grande garagem, muito conhecida, por sinal e que servia como estacionamento para os frequentadores do restaurante existente no topo do edifício Itália. Foi assim que a conheci. Os arcos que você mencionou e achou de mau gosto, faziam parte da fachada da garagem. Talvez tenham sido deixados como uma simpática recordação. Vistos assim, ficariam mais simpáticos, não acha?
Um abraço e até segunda.
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Caro amigo Paulo Plínio, meio xará:
Talvez seja essa a razão dos arcos ali. São sim, na minha opinião, é claro, de muito mau gosto. Mas se é um mau gosto que tem história, aí é diferente (risos……). Muito legal esse seu lado generoso de ver a coisa.
Admiro isso em quem tem.
Estou vendo que aprendeu a lidar bem com computadores, navegar por blogs e até fazer comentários. Parabéns a você e a seu professor, já que vc esnobou as simplórias explicações que eu me dispus a passar-lhe.
Segunda-feira, é nóissss!!!
Grande abraço
Paulo Mayr
Um grande abraço