O competente Clóvis Rossi, de Atenas, em sua coluna de hoje da Página 2 na Folha de S. Paulo, presta justa homenagem a Itamar Franco e mostra que, de certa forma, devemos a estabilidade da Moeda a ele. No mesmo artigo, ressalta a discrição e elegância do nosso ex-presidente, que ele, Rossi, chamou de Respeito de Itamar pelo cargo que ocupou no Planalto. Conta um episódio.
“Durante uma cúpula qualquer, em Santiago, no Chile, ele não quis participar do almoço tradicional. (…) Itamar, de fato, queria ir para um shopping centar, mas não queria que o seguíssemos, porque achava que não ficava bem um presidente ser visto – e, acima de tudo, fotografado – em um local comercial, como um turista qualquer.”
Conclui Rossi, “coisinha banal, eu sei, mas ilustrativa de uma personalidade singela, presidente por acaso.”
Luíz Milanesi, Diretor da Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA), onde me formei, tinha postura muito semelhante. De origem simples e, extremamente correto, Luis, vindo do interior, também se formou na ECA e morou no Crusp, alojamento de Estudantes do Campus. Foi meu professor de Biblioteconomia e atualmente, ou até recentemente, era Diretor da ECA. O automóvel com motorista que a Universidade coloca à sua disposição, não vai buscá-lo e nem levá-lo de volta para casa diariamente. Ele chega à Cidade Universitária com seu carro particular e estaciona no Estacionamento Coletivo. Quando tem compromisso fora do Campus, aí sim, ele faz uso do carro oficial.
Não se fazem mais homens públicos com essas virtudes.
Descanse em paz, Preditente Itamar!!!
Luíz, continue sendo exemplo de Homem Público (com H e P maiúsculos)!!!
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Ainda na página 2 da Folha, agora para relaxar. A charge de hoje (não consigo identifcar a assinatura) tem o título Hackers. Dois sujeitos, em um ambiente sombrio: Um deles diz:
– Eu tenho os emails do Lula! Quer comprar?
O outro pergunta:
– O que dizem?
O primeiro:
– Não sei. Estão em Metáforas.
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