Lanterna Mágica é o título da delicada autobiografia do cineasta Ingmar Bergman (Editora Guanabana).
Mas também é algo muito mais prosaico, porém, formidável; a saber, uma lanterna verdadeiramente mágica que funciona sem pilha/bateria e que não é carregada na eletrecidade. Um verdadeiro Ovo de colombo, mas de utilidade indescritível, já que até hoje eu nunca descobri para que serve colocar um ovo em pé.
Voltando à essa maravilha tecnológica chinesa. Ela é do tamanho de um celular (com a vantagem de não incomodar ninguém, já que o celular…), além do botão liga/desliga, conta com um dispositivo de uns cinco centímetros de comprimento e dois centimetro de largura que, apertado algumas poucas vezes, fornece energia para a lanterna permanecer ligada por um bom tempo. Certamente, usa o mesmo princípio do dínamo, que transforma energia mecânica em energia eléctrica
Pelo jeito, estamos assistindo à morte de um meta-inferno (um inferno dentro de outro inferno). A energia acaba, o cidadão recorre à lanterna que está toda estrupiada por conta da pilha que vazou.
O preço dessa maravilha??? R$ 5,00. Encontrei ontem no centro da cidade na 7 de abril, próximo à Rua Marconi.
Comprei logo meia dúzia, vou comprar muitas mais: trata-se de presente fabuloso e me fez lembrar historinha ótima.
O divertido e excêntrico escrivão Rubens, talvez em protesto por expurgos e confiscos financeiros, estava com uma quantia razoável de dinheiro. Não teve dúvidas: comprou tudo em Talões (caderninhos com 10 folhas) de Zona Azul. Quando alguém lhe fazia um favor, ele informava que ia dar um pequeno presente/lembrança. O outro dizia que ele não se incomodasse. Aí ele tirava meia dúzia de talões do bolso. Ao perceber do que se tratava, nunca houve alguém que, efetivamente, recusasse a oferta.
Tenha em casa uma meia dúzia delas embrulhadas em pacotes transados (que vão custar muito mais do que as próprias lanternas) e quando for convidado para jantar, ao invés de vinhos importados de qualidade duvidosa, leve essa útil lembrança.
Interessante! Como sempre, a sua percepção cômica da realidade me faz lembrar Fernando Sabino, meu escritor preferido.
+++++
Cris:
Obrigado. Escreva sempre.
Abraços
Paulo Mayr