A antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mirian Goldenberg, em seu artigo na Pag 2 do Caderno Equilíbrio de hoje, suplmento da Folha de S. Paulo, com muita clareza, mostra a simplicidade dos homens e a complexidade (não seria complicação???, eu indago) das mulheres.
Ela perguntou para moradores (as) do Rio de Janeiro quais eram os principais problemas que eles/elas viveram em seus relacionamentos. A queixa geral foi: ciúmes e infidelidade. Homens reclamaram ainda da falta de compreensão.
Mulheres responderam – Tome muito fôlego, caro Leitor:
“falta de sinceridade, de diálogo, de amor, de carinho, de romance, de respeito, de admiração, de tesão, de desejo, de paciência, de atenção, de companheirismo, de maturidade, de tempo, de dinheiro, de interesse, de reciprocidade, de sensibilidade, de intensidade, de responsabilidade, de generosidade, de compatibilidade, de segurança, de confiança, de pontualidade, de cumplicidade, de igualdade, de individualidade, de liberdade, de organização, de amizade, de alegria, de paixão, de comunicação, de conversa, de intimidade etc. Algumas ainda afirmaram que falta tudo. Enquanto os homens foram extremamente objetivos e econômicos em suas respostas, algumas mulheres chegaram a anexar e grampear folhas ao questionário para acrescentar mais faltas.“
“Um engenheiro de 54 anos disse”: “É impossível dar a uma mulher tudo o que ela quer e de que precisa. Seria perfeito se cada uma tivesse pelo menos três homens. Um para sexo gostoso, romance, paixão. Outro para carinho, proteção, atenção. E o terceiro para conversar, ver filmes inteligentes, ter discussões filosóficas. Acho que seria bom também ter um quarto homem cheio de grana, para pagar todas as contas, as viagens para o exterior, os restaurantes sofisticados, os presentes caros. E um último que saiba fazer elas darem boas risadas. O problema é que elas querem tudo isso e muito mais em um homem só. Que homem pode dar conta de tudo o que uma mulher quer?”
Muitos perguntam: “O que quer uma mulher?”
Uma piadinha de domínio público responde a pergunta acima: a mulher quer três animais em casa: um leão na cama, um Jaguar na garagem e um burro para pagar as contas.
Por essas e por outras, tenho algumas frases sobre comportamento feminino. Uma delas: “Não sou tão pretensioso a ponto de querer entender as mulheres”
Voltando para o artigo ”
Elas (as mulheres) repetem exaustivamente: “Falta homem no mercado”.
Goldenberg deixa no ar uma pergunta e não dá a resposta:
“Mas em que mercado é possível encontrar o homem que satisfaça uma mulher?”.
Outra frase minha:
“Muitas mulheres dizem não ser muito exigentes. Querem um sujeito com a boca do Mick Jagger, o charme do Mastroiani e o dinheiro do Paul Getty. Elas precisam ser avisadas que tais tipos têm um grave defeito. São muito indecisos. Indecisos entre a Caroline e a Stephanie, a Kim Bassinger, a Gisele Bündchen a Natassia Kinsky…..”
Sem falsa modéstia, suponho ter respondido com precisão, apesar do deboche, a pergunta com a qual Goldenberg conclui seu artigo.
Eu tenho muito preconceito com qualquer coisa que faça pensamentos do tipo ” O que querem as mulheres?” ou, “Quem entende os homens?”. São todas interrogações muito redundantes já que o ser humano não seleciona complexidade a um gênero somente. Os dois, masculino e feminino, vivem se digladiando como se só um deles fosse o problemático quando na verdade, são iguais na questão. Ora, é a mente humana complicada, de homens e mulheres. Raramente vejo essa discussão levada de uma forma que me satisfaz, que eu me afine, justamente porque não vejo a abordagem que defendo. Sinceramente, não me lembro de já ter ficado satisfeita com alguma discussão dessas.
Em uma coisa eu concordo, as mulheres estão bem confusas, não sabem o que querem e o que são. Afinal, achamos na vida, equivalentes: Se tenho alguma coisa com um “mau partido”, talvez eu não fique muito na frente dele. A prática invigilante da liberdade que foi recuperada por nós mulheres, vem sendo usada de forma errada. A liberdade está aí, porém, a cabeça tacanha e inferiorizada continua a mesma dos tempos de repreensões para a maioria. Não teve tempo de sair no escuro.
Uma ressalva: O que o senhor explana sobre estrangeirismo é tão revigorante e adequado, poderia ter citado mais brasileiras que estrangeiras, a única brasileira é a Bündchen, embora sua essência como tal seja discutível. Para mim.
Se puder replicar aqui mesmo, ficaria contente. =)
+++++++
Prezada Ana Clara Barboza:
Com imenso prazer, replico, respondo.
Gostei de todas suas considerações. Concordo. Homens e mulheres são diferentes. E isso é ótimo. Não haveria a menor graça se homens e mulheres fossem iguais psicologica e emocionalmente e diferentes apenas quanto ao sexo. Seria de total sem gracice.
Vc diz: “A prática invigilante da liberdade que foi recuperada por nós mulheres, vem sendo usada de forma errada. A liberdade está aí, porém, a cabeça tacanha e inferiorizada continua a mesma dos tempos de repreensões para a maioria. Não teve tempo de sair no escuro.”
É isso mesmo!!! Mundo e sociedade foram para frente e muitos ficam ainda debatendo guerra de sexos. Quando o legal é ver como ambos se complementam.
Mas o que acontece não é isso. A articulista Goldenberg, em que me baseie para escrever, diz que mulheres reclamam que falta homem no mercado. Ela deixa no ar uma pergunta e não dá a resposta:
“Mas em que mercado é possível encontrar o homem que satisfaça uma mulher?”.
E é aí que cito minha frase:
“Muitas mulheres dizem não ser muito exigentes. Querem um sujeito com a boca do Mick Jagger, o charme do Mastroiani e o dinheiro do Paul Getty. Elas precisam ser avisadas que tais tipos têm um grave defeito. São muito indecisos. Indecisos entre a Caroline e a Stephanie, a Kim Bassinger, a Gisele Bündchen a Natassia Kinsky…..”
Como disse lá no texto,
Sem falsa modéstia, suponho ter respondido com precisão, apesar do deboche, a pergunta com a qual Goldenberg conclui seu artigo.
Vc pergunta por que citei Gisele e mulheres estrangeiras. Gisele é brasileira (todos sabem) e achei que Stephanie e Caroline de Mônaco serviam como luvas para o que eu quis dizer. Aliás, Gisele, não só é brasileira, como se orgulha de ser e fala com o filho – que provavelmente será um cidadão do mundo – em português. Clique aqui e leia
Você escreveu texto longo, julguei que vc merecia resposta longa.
Escreva sempre
Abraços
Paulo Mayr