O material escolar em São Paulo subiu o dobro da Inflação (6,61% x 3,65%) de janeiro a dezembro de 2009.
Em meados de novembro último, publiquei texto aqui mostrando problema sério e, ao mesmo tempo, ridículo enfrentado por crianças e professores da Rede Pública.
Crianças que estão começando a aprender a ler e a escrever e os dedicados professores quase enlouquecem. O motivo??? É impossível escrever com o lápis que as crianças recebem. Escreve, o lápis quebra a ponta; a criança aponta e a ponta se quebra novamente. Em muito pouco tempo, o lápis desaparece, criança e professora ficam numa irritação só!!! Dá para aprender dessa maneira???
Pois bem, os órgãos responsáveis pela compra do material da Rede Pública deveriam determinar para as empresas fornecedoras em contratos não um número x de lápis que cada criança irá receber, mas sim que cada criança receberá número suficiente de lápis para terminar o ano letivo. E que ninguém venha alegar que isso motivaria as crianças a não cuidar do material.As empresas fornecedoras receberam do governo por lápis que, se supunha, durariam um ano. Em um instante esses lápis foram consumidos pelo apontador. Ou seja, as empresas tiveram crédito e não fizeram por merecer esse crédito. Agora, é atacar o órgão sensível das empresas/empresários: o bolso.
Esse órgão sensível, bolso das empresas/empresários, também poderia ser atacado através de outro meio: Multas, multas bem vultosas. Tenho certeza de que a coisa iria entrar nos trilhos.
Certamente é o momento oportuno para se tomar outra medida. Determinar que papelarias, além de vender cadernos caríssimos, coloridíssimos, pagando royalties para artistas e empresas detentoras de direitos sobre personagens, também fossem obrigadas a vender cadernos de boa qualidade, simples e por um preço decente. Leia-se acessível.
Autoridades, tomem providências!!! Bordão do Boca: o homem já chegou à Lua e o Estado/país não consegue(m) fornecer lápis que escrevam, tampouco cadernos por preços decentes!!! Que tal se ao invés de frases de efeito da publicidade oficial, as autoridades, isso sim, pegassem o pião da Educação na unha e realmente se empenhassem pela coisa. Não dá mais para perder tempo. São milhões de crianças e centenhas de milhares de professores se estressando ao invés de ensinar/aprender!!! Sem contar os pais desperdiçando dinheiro em capas ultra/multicoloridas. E cadê o Brasil, país de todos da propaganda oficial???
Para que isto fosse possivel as empresas que vendem produtos ao Governo não poderiam ser de políticos. Porque os politicos estaduas vemdem para os governos Federal e Municipal, e os outros para os outros. Todos sabemos disto, porque os jornalistas continuam a falar como se isto fosse uma novidade ?
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Prezado Rubens:
Se é novidade ou não, não sei. Também não sei se as empresas que vendem material escolar para o governo são todas de Político. Agora, o que eu digo no texto, repito: precisa haver fiscalização eficiente e a empresa contratada deveria ser obrigada a garantir lápis para cada aluno para o ano inteiro e não lápis que em quinze minutos se acabam no apontador.
Se você tiver alguma maneira de colaborar, talvez até mandando essa nossa denúncia para os setores competentes, seria muito útil para todos.
Grande abraço
Paulo Mayr
Na Educação todos os detalhes são importantes porque o desenvolvimento sustentado do país depende dela. Não adianta se fazer doações com o Bolsa família, pois essa distribuição de renda é emegencial não gerendo desenvolvimento. No Orçamento Geral da União do ano de 2009 estavam previstos gastos de R$ 40 bilhões com a Educação enquanto que outros ministérios dispunham de mais verba. É o caso do Ministério da Defesa cujo Orçamento, para o mesmo ano, era de R$ 51 bilhões, sem os caças. Assim o governo não prioriza a Educação. No caso do governo federal sabemos que o forte não é a Educação e sim o arrefecimento da fome, apesar de criar-se uma dependência ruim para todos. Os esforços são para os votos, não para a geração de emprego e renda nem para a capacitação do povo. A gente vai se dar conta disso, mais tarde. Enquanto isso, o lulismo é hipnotizante.