Apenas 17% dos paulistanos aprovam o Prefeito Haddad, 36% consideram ruim ou péssimo e 77% consideram que ele fez menos do que o esperado, um ano e meio depois da posse.
Assim que ficou decidido que o Segundo turno da última eleição para prefeito seria entre Fernando Haddad e José Serra, mandei longa carta para assessoria de ambas contendo sugestões de baixo custo para atenuar um pouco os problemas que enfrentamos no dia a dia. Ambas assessorias acusaram o recebimento do material e nenhuma respondeu. Houve outros momentos em que seria oportuno saber a manifestação do prefeito sobre temas abordados na carta e mandei mais algumas vezes, sem ter obtido qualquer resposta.
Garanto que se o prefeito tivesse lido a carta, estudado os temas abordados com os setores competentes, tivesse colocado em prática a maioria das sugestões, a situação dele junto ao eleitorado não estaria tão ruim e, o que é muito mais importante, a qualidade de vida na cidade poderia estar melhor e mais humana. Lá vai a carta,algumas vezes ignoradas pelo prefeito e sua assessoria. Mando a primeira versão, a que foi enviada tão logo após o resultado do primeiro turno tanto para o candidato Serra, quanto para o candidato Haddad.
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A CARTA
São Paulo, Vésperas do 2. Turno
Prezados Candidatos Fernando Haddad e José Serra:
Cordiais saudações.
Antes de começar, recebam meus cumprimentos pela vitória no Primeiro Turno
Quando o dinheiro é curto – e isso é crônico no nosso carente país -, os bons administradores devem ser capazes de lançar mão de medidas inteligentes e simpáticas. Um bom exemplo foi dado pelo prefeito Mário Covas, muitos anos atrás, ao abolir a cobrança do bilhete de ônibus para idosos. O custo da medida para a prefeitura foi/é quase igual a zero, beneficiou/beneficia muito justamente milhares e milhares de paulistanos todos os dias e é imensamente simpática.
Além do Cidade Limpa, iniciativa da primeira gestão Kassab, que transformou a nossa cidade, há uma série de outras medidas que podem melhorar muito a qualidade de vida dos paulistanos, repetindo: melhorar muito.
Lá vão elas. Não se assustem. Não custam caro!!!
A poluição visual foi impiedosamente derrotada. Entretanto, muito mais nefasta do que a poluição visual é a poluição sonora, todo tipo de poluição sonora. O barulho do trânsito pesado de uma avenida, logicamente, incomoda. Mas o que incomoda mesmo é o barulho excessivo e irregular. E a irregularidade é cometida até mesmo pelas viaturas oficiais da polícia, corpo de bombeiros, carros de autoridades com sirenes ensurdecedoras. Em relação a barulhos causados por veículos, ninguém deve escapar do controle/punição: o caminhão do gás, o vendedor de pamonha, o boyzinho de escapamento aberto, o carro de som que sai pelas ruas anunciando produtos do comércio local. Vale a pena lembrar que bares, boates e até mesmo shows oficiais promovidos nos Parques Públicos podem divertir/ entreter os freqüentadores, mas não podem tirar o sossego da vizinhança.
Após muitos anos fora do Brasil, morando na Europa e, salvo engano, até no Oriente, famoso articulista da nossa imprensa disse que se preparou com empenho para que na sua volta à Pátria não sofresse em demasia como o choque cultural a que seria submetido. Já devidamente instalado, confessou que o suposto choque cultural não ocorrera. Entretanto que não estava suportando era o “choque dos decibéis” (expressão dele). Mesmo a construção civil, segundo ele, nos países por onde passou, utiliza técnicas de modo a poupar os cidadãos do barulho excessivo. Estacas, naturalmente, têm que ser colocadas no local da obra. O barulho é grande, mas dura pouco. Já as serras-elétricas, usadas durante toda a construção, deveriam ser proibidas em bairros residenciais e comerciais. As peças já chegariam no tamanho certo nas obras. Imagino que o articulista se referia a isso, entre outras normas/medidas tomadas no exterior.
Como dá para ver, tecnologia mais legislação bem feita mais, e ( principalmente), fiscalização eficiente dão conta de resolver esse imenso e devastador transtorno a que o Paulistano é submetido. Idéias para Fiscalização Eficiente, de uma maneira geral, serão dadas mais adiante.
O que os senhores vão fazer para combater a poluição sonora, tão prejudicial à saúde de todos os paulistanos?
Outra providência urgentíssima é reconquistar o Espaço Público para o Público/ para o cidadão. Mostrar que quem faz lei é o Poder Público. É isso mesmo.!!! Aí o desrespeito é tanto que a coisa precisa ser tratada em sub itens.
Comerciantes fazem vitrines que avançam sobre as calçadas, além de muitas vezes exporem seus produtos fora dos limites de suas lojas. Esses mesmos comerciantes, certamente a pretexto de impedir que ambulantes se instalem diante de suas lojas, constroem floreiras de concreto sobre as calçadas. Constroem, edificam. O atrevimento é tanto, a certeza da impunidade é tal, que eles deixam estateladas em concreto provas de suas irregularidades/arbitrariedades.
O que vai ser feito na sua administração???
Prédios, residências e comércio têm todo o direito de colocar seu lixo nessas cestas de ferro. Agora, ninguém tem o direito de construir essas cestas de ferro no meio da calçada ou junto ao meio fio, impedindo que passageiros e motoristas desçam dos carros estacionados. Quem quiser construir essas cestas que as construa do lado de dentro de suas propriedades e combine sistemas de abertura com o lixeiro na hora de recolher o lixo. Outra alternativa seriam cestas de ferro sobre rodinhas, com alguma corrente que as prendessem junto à grade do imóvel. Essas cestas seriam colocadas uma hora antes de o lixeiro passar e recolhidas uma hora após a retirada do lixo. Do jeito que está, atrapalhando 24 horas por dia o trânsito de pedestres, o embarque e desembarque de passageiros dos automóveis, é que não pode ficar.
Além de determinar a retirada desses cestos de lixo de ferro da área pública, precisa exigir que a calçada seja entregue exatamente como era antes de tal atrevimento.
Isso vai ser feito na sua administração???
E esses blocos de concreto gigantescos que ocupam grande parte de algumas calçadas, sobretudo diante de Instituições Israelitas/ Judaicas. Em frente ao Consulado Americano, há algo semelhante. No Jardim América, existe ou existia também uma casa cuja calçada é/era tomada por blocos parecidos. Precisa explicar para Israelitas, americanos e o proprietário dessa tal casa que a cidade tem legislação e que o país tem leis. E quem quiser viver em S. Paulo, obrigatoriamente, tem que se submeter à legislação municipal e do País. Como se diz: Simples Assim.
Serão removidos esse blocos de concreto??? Quem vai arcar com o custo dessa remoção e recuperação das calçadas???
Coisas mais sutis, entretando, igualmente agressivas e abusivas.
Aquelas tabuletinhas com luzes piscando colocadas na saída das garagens onde se lê – CUIDADO VEÍCULOS – são de UM ATREVIMENTO QUE NÃO TÊM TAMANHO.
Candidato – deixa eu entender – um carro vai sair de uma garagem e para alcançar a rua, necessariamente, tem que passar pela calçada. A calçada é para os pedestres se locomoverem. O carro, vindo do nada, tem que passar por uma área de pedestres – e quem tem que tomar cuidado é o pedestre??? É isso mesmo, candidato??? Talvez o senhor, como eu, considere isso uma piada que já dura muito e determine que dentro da garagem se coloque um aviso lembrando o motorista de que ele vai passar pela calçada e precisa fazê-lo com todo o cuidado e responsabilidade, uma vez que o pedestre é que está concedendo a ele uma licença para trafegar ali. Como o senhor sabe, essa plaquinha/aviso não surtirá efeito algum. A solução é apelar para o bolso. Precisa determinar que meio metro antes do início da calçada, dentro das garagens, sejam construídos quebra-molas que obriguem o motorista a colocar a frente do carro na garagem a velocidade próxima de zero quilômetros por hora.
Isso ou algo semelhante vai ser feito???
Essas atrevidas plaquinhas – CUIDADO VEÍCULOS – serão exterminadas???
Nesse setor, ainda há outra afronta, o senhor há de concordar, que chega a ser uma gracinha. Alguns condomínios têm a petulância de colocar uma imitação de semáforo junto à calçada (em frente ao meu prédio, há um) Em geral fica na luz verde. Quando um carro começa a sair da garagem, acende uma luz vermelha. Ou seja, pedestres e veículos que estão trafegando pela calçada e pela rua precisam estancar imediatamente. Corrigindo, esse atrevimento não tem nada de gracinha, é Petulância Pura, da mais genuína e inacreditável.
Como é que ficam os “semáforos desses xerifes” ??? Vão continuar???
Dez entre dez médicos recomendam uma caminhada pelo quarteirão após o jantar. Não bastassem todos os absurdos acima, mais uma violência ao cidadão impede essa prática saudável. O pedestre antes de ter caminhado um quarteirão vai ser acometido por dor de cabeça insuportável. Sobre o muro de cada casa ou condomínio, há um jato de luz fortíssimo dirigido bem na altura dos olhos de quem caminha sobre a calçada nos dois sentidos. Essa luz fica apagada. Quando o pedestre se aproxima, um censor dispara esse colírio…
Isso vai continuar sendo permitido???
Quem quiser iluminar a frente de sua propriedade pode fazê-lo com lâmpadas de potência/intensidade determinadas por órgão competente, cujo foco/área de iluminação esteja absolutamente parelelo ao piso da calçada – permanentemente aceso. E, se possível, jamais utilizar as famigeradas lâmpadas do apagão. Vetar a lâmpada do apagão é Idiossincrasia minha??? Pode ser. Mas um pouco de generosidade e elegância não fazem mal a ninguém.
Esses jatos de luz terão fim???
Os senhores têm motoristas 24 horas por dia, não têm esse problema. Mas o munícipe (motorista ou pedestre) não encontra a numeração de prédios, comércios e casas. É impossível, cada número está em um lugar. Precisa ser padronizado. Número no limite à esquerda (ou à direita da propriedade), a um metro e meio de distância do chão. Das 18 hs, às 6 horas precisa estar iluminado.
É impressionante a criatividade de cada morador de esconder o número de sua casa, isto quando se dignam colocar o número. Nessa neurose obsessiva de medo que domina quase todos, muitos acham seguro simplesmente não exibir o número da casa. E o cidadão de dentro do carro vai guiando, procurando o número, ao invés de olhar para frente. Chega a ser ridículo!!!
O que vai ser feito a esse respeito??? Afinal, trata-se da segurança.
Como é que o motorista pode guiar e caçar número ao mesmo tempo????
Talvez o porquê de termos chegado a esse estado de agressão e violência deve-se sobretudo a um dos dois fatores abaixo.
As autoridades e respectivos assessores que cuidam do assunto estão pouco se lixando para que o pedestre seja respeitado. Seria um caso de desprezo, puro e simples.
As autoridades estão assaz preocupadas e são de sensibilidade tocante no que diz respeito ao bem estar da população. Entretanto não percebem coisa alguma por razões bem simples: Jamais andam a pé.
Andam de carro, quando não de helicópteros, com aqueles vidros nigérrimos, muitas vezes com sirenes ligadas e batedores.
O que acontece de fato para que o cidadão, sobretudo o pedestre, seja tão desrespeitado??
Como será na sua administração???
Dizem que um bom gerente é o gerente que sai de sua cadeira.
Excelências, suponho falar em nome de milhões, com a sensibilidade que os senhores têm para exercer a vida pública, não podem e não devem ficar restrito aos seus gabinetes, confiando em relatos de subordinados. Precisam, isso sim, ir à rua anônima e discretamente para verem com seus próprios olhos o que de errado existe por aí.
Os ambulantes, todo mundo sabe, estão irregularmente sobre as calçadas lutando para sobreviver. É compreensível e até louvável uma certa tolerância com eles. Agora, o direito de o cidadão, seja ele rico ou pobre, se locomover pelas calçadas é inalienável. Assim sendo, o ideal era haver empenho efetivo da prefeitura, associações de comércio e lideranças locais de arranjar áreas vagas para instalar ambulantes. Talvez conseguir terrenos vagos, isentar os proprietários de IPTU e instalar os camlôs nessas áreas. Eventualmente, instalar até em prédios ou casas fechadas, propiciando algum benefício para os proprietários.
Será feito algo para que o pedestre, seja ele rico ou pobre, possa caminhar livremente pelas calçadas???
Ainda a respeito de comerciantes/comércio regularmente estabelecidos. É inconcebível que em ruas de comércio de trânsito intenso como a Teodoro Sampaio – em Pinheiros – (certamente isso acontece em diversas ruas comerciais da cidade) seja permitido o estacionamento, com ou sem zona Azul. Se isso favorece o comércio local, prejudica imensamente toda a população. Não dá para entender uma rua de trânsito intenso onde há uma pista exclusiva para ônibus, apenas uma para automóveis e outra para estacionamento. Por mais que se esforce, uma pessoa de inteligência razoável, e bom senso idem, não vai conseguir entender. Isso sem contar que nas transversais dessas ruas – onde em geral o estacionamento é permitido com cartão de zona azul – sobram vagas o dia inteiro.
O estacionamento continuará sendo permitido nessas ruas de grande fluxo de carros???
Já que o assunto é zona Azul, lá vai sugestão de medida quase tão simpática quanto a do prefeito Mário Covas isentando velhinhos de pagar condução. Trata-se de providência extremamente justa que irá, inclusive, propiciar um clima de cordialidade entre os paulistanos. Determinar que não haja mais necessidade de se colocar a placa do veículo no Cartão da Zona azul. Assim sendo, se eu estacionei por quinze minutos na Zona Azul e não vou mais estacionar o carro na próxima hora, eu posso ser cordial e oferecer o meu cartão para o proprietário do carro que está estacionando e que, muito provavelmente, também não usará mais do que quinze ou vinte minutos do tempo a que o mesmo cartão ainda dá direito.
Prezados candidatos, idéia tão simpática quanto a medida do prefeito Mário Covas de isentar velhinhos de pagar ônibus eu não consigo lhes oferecer. Entretanto, essa do cartão de zona Azul “reaproveitável” não é de se jogar fora, hein!!! Por falar em jogar fora, ainda há o aspecto ecológico da coisa: economia de papel, celulose, produtos químicos de impressão, diminuição de lixo. Vou lhes confessar uma coisa, caros candidatos. Essa idéia não é minha. Logo que surgiu a Zona Azul, o usuário não precisava colocar a placa do carro e os cartões eram reaproveitados. Nessa época, era comum se presenciar cenas de camaradagem entre os motoristas que estavam saindo e os que estavam chegando na Zona Azul.
Os munícipes motoristas vão poder dar o talão, parcialmente usado, para outro motorista que esteja chegando na sua eventual administração???
Sobre calçadas para pedestres, o senhor vai acabar com esses balcões de Valets Parking (ridículo ter que escrever em Inglês)????.
O restaurante pode oferecer esse serviço, mas não pode ocupar a calçada e, menos ainda, determinar a proibição de se estacionar em frente ao seu estabelecimento. Reiterando, cabe à prefeitura fazer leis e escolher onde se pode e onde não se pode estacionar.
Essa próxima idéia/sugestão de medida visa até mesmo a segurança.
Por falar em neurose obsessiva de medo, que saudades dos tempos em que se encontrava um amigo no trânsito, acenava para ele e falava um pouco mais algo qualquer coisa. Com o insufilme (nem sei como se escreve e meu dicionário não traz a palavra), acabou tudo isso!!! Meu carro não tem insufilme. Espero que quando for comprar carro novo essa praga de insufilme não venha compulsoriamente grudada no vidro.
Aliás, a lei permite esses vidros fúnebres nos carros????
Ou, como diria minha professora de francês, existe uma lei, mas não pegou???
Não é uma boa hora de fazer essa lei pegar???
O senhor vai permitir que esses vidros nigérrimos, que impedem a condução do veículo com segurança, continuem sendo usados???
O carro do senhor e os carros de seus familiares têm esses vidros???
Agora, o calcanhar de Aquiles de tudo isso: a fiscalização. Minha sugestão é que a Prefeitura e Sub-prefeituras tenham um corpo de fiscais polivalentes com poderes para efetivamente multar tudo o que estiver errado, determinar as providências, dar prazos e voltar a multar, sempre em progressão aritmética ou até mesmo geométrica, caso as providências não tenham sido tomadas.
Prezados candidatos, acho que vale a pena reforçar o quanto mais puder esse calcanhar de Aquiles da Fiscalização. Ao mesmo tempo vai ser necessário aprimorar a legislação. Cá entre nós, diante do benefício de que todos usufruiremos, o esforço até que não é tão grande assim.
Quais as possibilidades de o senhor adotar esses fiscais polivalentes???
Agradecendo todas as providências que serão tomadas por quem for eleito, mesmo aquelas que exijam forças por demais hercúleas, aguardo resposta.
Atenciosamente
Paulo Mayr
Cidadão paulistano desde 1954 – ano do 4. Centenário de S. Paulo
É, meu amigo Paulo, você tem grande conhecimento da área urbana de São Paulo, uma bagagem enorme. Lí a carta enviada ao Haddad e ao Serra. Realmente abrange grandes problemas urbanísticos da cidade, que são muitos. Sintetizando, no meu entender, a solução de todos esses problemas, são administrativas e vejo que em todos as esferas de governo, municipal, estadual e federal, esbarram na falta de fiscalização como você muito bem frisa. Temos nas leis de trânsito medidas proibitivas relacionadas a produção de sons excessivos em veículos (superior a 110 dB). Um condutor de veículo com um som excessivo, não consegue identificar sequer o som da buzina de um outro, (mesmo para alertá-lo sobre um perigo iminente), tampouco um grito ou o barulho de um acidente que tenha ocorrido envolvendo o auto que dirige (a queda de uma peça por exemplo). Nas de trânsito é proibido até o uso de buzinas nas proximidade hospitais ou estabelecimentos análogos. Entretanto, existem ”autorizações” para que bailes funks e outros, ocorram em vias públicas, com o uso até da polícia fazendo isolamento para seu funcionamento, em detrimento do sossego da população, que muitas vezes têm que trabalhar cedo no dia seguinte (e…isso pode acarretar até acidente do trabalho do cidadão que não dormiu à noite), não esquecendo das pessoas enfermas, é claro. Veja que o direito de alguns não termina quando inicia o do outro. Que o direito do divertimento se sobrepõe ao direito legal da saúde e do trabalho, pela concessão de ”autorizações” eleitoreiras. Isto quando há fiscalização, sem mencionar problemas de corrupção. Há pessoas até se mudando dos locais onde residem, por causa desse transtorno.
Os desmandos são flagrantes pela inércia de quem tem por dever cuidar da ordem pública. Ainda esta semana ví na TV que a população está ”fechando” com grades as ruas nas imediações do bairro do Morumbi, contratando segurança particular e até cuidando da limpeza pública por conta própria, substituindo assim o que seria dever dos órgãos governamentais. As rodovias paulistas não tem patrulhamento, só postos policiais e algumas estacionadas, uma distanciada à quilometros da outra, permitindo a passagem de veículos produtos de crime até pela praça de pedágios, pagando e continuando em curso. Os múltiplos radares só aplicam multas. Na cidade de São Paulo, ciclovias foram criadas em locais esburacados e sem um estudo à altura para se evitar que acidentes não ocorram (iniciativa mal assessorada que nenhum valor dá à vida). Bocas de lobo, tubulações, galerias, não são desentupidas durante a estiagem e o resultado vemos na época das chuvas, uma linha (4) do metrô teve simplesmente o ”afundamento” em tempo não tão remoto, danificando patrimônios e matando pessoas, pois, sobre ela não teve o trânsito interditado e o governador teve a coragem de dizer ao povo que competia à empreiteira a sua ”fiscalização”, uma parte do rodo anel simplesmente despencou…se formos enumerar a ineficiência administrativa, no tocante à segurança, transporte, educação e saúde, este espaço seria todo tomado. Fato é que a administração pública é uma lástima, ninguém fiscaliza nem se responsabiliza por nada, infelizmente é isso. Um abração meu amigo Paulo, foi um prazer comentar no seu blog, és como eu um entusiasta que mostra uma maneira de consertar mesmo que aos poucos este estado de coisas.
Caro Brasil de Abreu:
Como nós sabemos, os problemas são muitos. Não pensei ainda sobre os que vc aponta. Quanto às minhas sugestões, acho todas viáveis e de fácil execução, desde que bem e honestamente fiscalizadas. Minhas sugestões são simples medidas. Basta que as autoridades arregassem um pouco as mangas.
Abraços
Paulo Mayr