E, então, boates e “baladas”, como a “galera” diz, passam a ser marcadas com rigidez quanto a aspectos de segurança, em conseqüência do incêndio em Santa Maria, em que morreram 237 pessoas. Ótima notícia, afinal ninguém quer que se repitam novas tragédias.
Mas e os shoppings centers???
Arquitetos de shoppings concebem verdadeiros labirintos, talvez orientados pelo marketing; já que o marketing, certamente, tem estudos segundo os quais o consumidor perdido sempre acaba descobrindo e comprando novos produtos.
E assim, imaginar para que lado fica a saída (saida mesmo) em shoppings é tarefa difícil até para Amyr Klink, que partiu da Namíbia na África, em um pequeno barco a remo, atravessou o Oceano Atlântico e chegou em Salvador, Bahia. Atingir as tais saídas em shoppings, então, é coisa para navegadores da época do descobrimento munidos dos GPS de hoje.
Essa dificuldade imensa os frequentadores de shoppings (não os viciados em shoppings) encontram no dia a dia.
Sem querer ser catastrófico, o que pode acontecer em situações de emergências e pânico???
Não seria interessante que autoridades competentes abrissem bem o leque de abranência e só dessem alvarás de funcionamento para quem pode, de fato, funcionar sem oferecer riscos???
Será que frequentadores de todos os shoppings têm condições de chegar às saídas com consciência, calma e segurança em qualquer eventualidade???
Eu não acredito!!!
Eu também não acredito, nem acredito que as autoridades irão tomar provindencias.
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Caro Júnior:
Ontem ouvi uma mulher comentando exatamente isso com uma amiga. Aí, me lembrei de mais esse aspecto para detestar mais ainda shoppings centers e tirar algo de últil: produzir esse texto.
Uma autoridade do setor que lesse isso que escrevi, se bem intencionada, tomaria providências.
Abraços
Paulo Mayr