Minha querida amiga Mercedes morreu. Fazia muito, muito tempo que não a via. Ela e seus teares moravam em Pirenópolis, interior de Goiás.
Fim da tarde de anteontem, houve bonita homenagem para a Mercedes em Galeria de Arte da Av. Pedroso de Morais, Alto de Pinheiros, zona Oeste de S. Paulo.
Nessas ocasiões sempre gosto de contar histórias divertidas daqueles que partem.
Conheci a Mercedes em um fim de tarde frio de sábado no saudoso bar Ponto 4, em frente ao Cinema Belas Artes, na Rua da Consolação, Zona Oeste de S. Paulo.
Totalmente Hippie, ela estava descalça.
No dia seguinte, falamos por telefone e combinamos de almoçar juntos. Ela me disse que precisaria pegar a filha Maria que estava no clube dos pais dela.
Pois bem, o Clube era o São Paulo Golf Clube, um dos mais caros, fechados e refinados de S. Paulo/do Brasil.
Ficamos amigos, ela almoçou e jantou algumas vezes em casa. Mercedes não se conformou quando lhe contei que havia uma menina de quem eu estava a fim e a menina me esnobava sistematicamente. Ela fui sucinta e objetiva em seu conselho:
– Paulo, como você é bobo!!! Prepara um jantarzinho delicioso desses que você costuma fazer. Compra óleo de amêndoa. Dá um pilequinho na moça e come a bu..a dela. Aí é ela que não vai mais querer largar você.
Se eu tive sucesso ou não com a moça, é a dúvida que deixo na cabeça de vocês.
Até fiz uma frase para a moça. Na verdade, não é bem uma frase, já que frase precisa ter certa abrangência; essa não tem. Além disso, apesar de eu saber usar rima em prosa/frases, essa frase tem rima péssima. Mas todo mundo gosta. Meu pai se divertia muito com ela. Lá vai a frase:
– Sentimentalmente, ela era tão quente quanto uma mulher inflável. Sexualmente, a inflável era melhor!!!
Bem, voltando à Mercedes.
Fique com Deus e vai com calma na irreverência. Um beijo pra você!!!