Contar histórias curiosas e até engraçadas envolvendo pessoas que acabaram de falecer é frequente aqui no Trombone. É minha forma de homenageá-las.
Morreu hoje Armando Marques, juiz de futebol, famoso por seu rigor em relação ao jogo e também aos seus trejeitos delicados.
Primeiro o tal erro que mudou a história do Campeonato Paulista de 73, que você já ouviu hoje no noticiário. Entretanto, tem caso muito mais divertido.
Cometeu erros históricos, e até primários, como todo mundo. Numa decisão por pênaltis, no Final do Campeonato Paulista de Futebol de 1973, entre Santos e Portuguesa, o Santos vencia por 2×0. Ele deu por encerrada as cobranças e o título para o Santos. Acontece que restavam dois pênaltis ainda a serem batidos e a Portuguesa, teoricamente, poderia empatar. Por conta desse erro, o título foi dividido entre os dois clubes.
Mas ele era considerado o melhor árbitro enquanto esteve em atividade. Era enérgico com todo mundo e impunha muito respeito e disciplina. Outra característica sua, como já foi dito, eram os gestos excessivamente delicados, se me entendem.
Lá vai a historinha divertida:
Amigo do aristocrata e grande costureiro Denner, que morava nas imediações do estádio do Pacaembu, Armando, sempre após apitar jogo ali, ia à casa dele para uma cerveja.
Em um desses jogos, provavelmente após algum erro acompanhado dos famigerados trejeitos, as arquibancadas gritam sem parar:
– BICHA, BICHA, BICHA!!!!
O mordomo do amigo vira-se para o patrão e diz:
– Seu Dener, acho melhor eu já colocar a cervejinha do seu Armando no gelo!!!
Boas cervejas e bons papos por toda a eternidade para vocês!!!