Ainda dentro do assunto sacolinha plástica, os supermercados do Estado de S. Paulo poderão ser punidos caso não ofereçam alternativas, sem custo, para os clientes transportarem suas compras. “O acordo com o Ministério Público (MP) que respaldava o fim das sacolinhas plásticas foi cancelado na segunda-feira pelo conselho Superior do Órgão”.
Como dizia minha professora de francês, no Brasil umas leis pegam e outras, não. Pelo jeito, essa não pegou.
Espero que por alternativas sem custo, fique entendido que se trata de saco de papel resistente. Sacos capazes de acomodar bem todas as compras.
Já o palpite infeliz de dar caixas de papelão para o consumidor chega, de certa, forma a ser um insulto.
Imagine uma dona de casa, ou mesmo um homem fortíssimo, que ao passar em frente ao supermercado se lembre de que precisa: duas latas de refrigerantes, três garrafas pequenas de cerveja, um vidro de maionese, três latas pequenas de extrato de tomate, uma lata de manteiga, um vidro de cera líquida, um sabão em pó e um amaciante. Duas sacolinhas (talvez quatro – duas para reforçar), a coisa está resolvida e nossas personagens podem voltar tranquilamente para casa. Agora, se elas receberem duas caixas de papelão, como é que vão chegar em casa??? Nem que ganhem a vida como malabaristas de sinal fechado, vão conseguir equilibrar uma caixa em cada mão com as coisas de limpeza em uma e as comidas/bebidas em outra, dançando de lá para cá, nas duas caixas!!!
Aliás, seria interessante se alguma emissora de tv fizesse o seguinte teste.
Colocasse as compras que eu sugeri em duas sacolinhas e também em duas caixas de papelão, precisam ser duas caixas, já que não se deve misturar produto de limpeza com alimento.
As duas sacolinhas seriam entregues a um cidadão qualquer ou a uma cidadã qualquer. As duas caixas seriam entregues para a autoridade que inventou a lei (ou alguém de sua equipe). Pronto. A autoridade e a cidadã ou cidadão sairiam do supermercado uma ao lado da outra e deveriam percorrer oito quarteirões. Esse percurso seria filmado e levado ao ar no principal jornal da emissora.
Não estou querendo tirar emprego de homoristas de chanchada. Mas bem que o infeliz/a infeliz da autoridade que inventou essa lei merecia ser submetida a esse teste; mas MERECIA MESMO!!!
As autoridades inventam e inventam, já que elas não vão a supermercados, tampouco saem a pé. Autoridades são para ficar em casas fortificadas, em repartiçoes com dezenas de seguranças ou então ou sentadas nos bancos de trás de automóveis com vidros nigérrimos.
Por tudo isso, é que a população merecia o espetáculo de ver a autoridade tendo que se transformar em malabarista e, insulto maior, andando pelas calçadas como se fosse igual a um de nós!!!
Caro Mayr, a idéia é engenhosa e viria bem a calhar.
Quando eleitores votam em cunhados,concunhados, sogros,primos, primos tortos , ao invés de elegerem líderes de suas comunidades, dá nisso mesmo.
Os grandes financiadores de campanha elegem os seus e dá-lhe idéia s de abolir sacolas plásticas, autorizar aumentos na condução,dar todo tipo de poder discricionário a prefeitos,etc,etc.
O que espanta é assistir SP ao que parece imitar as cretinices de BH, minha terra que padece do mesmo escárnio.
Escrevi ha pouco mais de ano para o 247 texto sobre as mazelas de Bh , sobretudo com as “sacolas ecológicas”.Ja dei link aqui e se o Mayr não se importar, aí vai de novo
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/3007/BH-uma-capital-rumo-ao-s%C3%A9culo-XIX.htm
Abraços do Pawlow
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Caro Pawlow:
Você nem imagina quanta satisfação me daria assistir ao burocrata carregando compras para casa nas tais caixas de papelão.
Se eu manjasse de redes sociais lançaria essa idéia para todos os lados.
Quanto ao link do seu texto, é um prazer divulgá-lo aqui no Boca.
Aproveito e já coloco também o link do Blog do Pawlow, que eu recomendo. Clique aqui
Abraços
Paulo Mayr
Paulo, por falar em bebida, minha mãe faz Campari e Amarula e fica baratinho se acaso quiser lhe mando a receita.
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Caro Júnior:
Suponho que seja bem complicado e talvez não valha a pena o sacrifício. Aliás, acho que poucas vezes na vida comprei uma garrafa de Campari. Amarula é muito doce.
De qualquer forma, muito obrigado.
Abraços
Paulo Mayr
Sacolas biodeagradaveis, não daria certo?
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Caro Júnior:
Provavelmente daria certíssimo. Mas os burocratas…
Aliás, gostaria de divulgar essa minha idéia de por burocrata que teve essa idéia das caixas de papelão para aceitar essa minha proposta de caminhar as tais quadras com duas caixas cheias de produtos de supermercados.
Se alguém, cobra de redes sociais quiser ajudar….
Abraços
Paulo Mayr