Novembro de 2008, Itaú e Unibanco anunciam fusão. Certamente, depois disso, já fui algumas vezes às salas de cinema que tinham o nome Unibanco. Pois não é que só ontem, notei o nome do Itaú na antiga sala da Augusta. Até aí, sem problemas.
Problema é que na família Moreira Salles, do Unibanco, há um cineasta premiado, Walter Moreira Salles. Na família Itaú, certamente, isso não acontece. E esse fato se reflete na qualidade das salas.
Antes, o Unibanco era um verdadeiro templo do cinema. Venda de pipoca, graças a Deus, era proibida.
Hoje, liberou o geral.
A venda de Pipoca, certamente, é até incentivada; afinal, trata-se de mais uma fonte de lucro. Pipoca, e o inerente barulho de papel de pipoca, constitue-se em parte da trilha sonora.. Meu vizinho de cadeira consumiu o primeiro quarto do filme comendo pipoca e fazendo barulho. Não satisfeito, continuou o barulho depois que a pipoca acabou. Barulho só pelo barulho, já que a falta de barulho incomoda esse tipo de gente. Aí, não tive dúvida.
Com voz firme, perguntei:
– Você já acabou sua pipoca??? Então, me dá aqui o saco.
Peguei, amassei e jogue debaixo da minha cadeira.
Que ninguém me diga que FUI EU O SEM EDUCAÇÃO!!!
Salvo imenso engano, antes, os ingressos eram numerados. Ontem comprei o ingresso com várias horas de antecedência. Cheguei minutos antes de o filme começar. Resultado: sentei-me no lugar correspondente à bandeirinha de escanteio. Da bandeirinha de escanteio no Pacaembú, vc consegue assistir com razoável visão a todo o jogo. Já no cinema… é convite para torcicolo. Que eu me lembre, no lugar onde me sentei ontem, antes, não havia cadeiras. Aí, eu não tenho certeza. De qualquer forma, é imensa sacanagem até para um circo mambembe vender lugares naquela posição. Já para a ética dos bancos…
Por essas e por outras, certamente, que a menininha da propaganda do Itaú fez desenho de um boneco e no lugar das sobrancelhas colocou um cifrão. Se quiser ler sobre isso e ainda outras considerações a respeito da fé dos banqueiros, clique aqui
Caro Mayr, o que mais me irrita nos cinemas é o costume de apoiar o pé no braço da poltrona à frente. E como falam durante a projeção,não param de matraquear um segundo.E não adianta olhar feio,pois olham de volta com olhar que diz:”Ponho os pés mesmo e que mal faz eu falar o filme inteiro?”São aborrecimentos que me roubaram o prazer de ir aos cinemas,prefiro asssitir dvd em casa.Abraços do Pawlow.
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Caro Fernando:
Tava sumido, hein???!!!
Cinema virou inferno, os caras acham que estão assistindo televisão em casa.
Já escrevi uns textos aqui sobre o tema. Vou tentar achar os links.
No texto referente ao link a seguir, há outros links de textos sobre o mesmo assunto – aborrecimento em cinema – em suas variaçãos.
Clique aqui
Acho que vc vai concordar.
Abraços
Paulo Mayr
É, o problema é que você teima em ir ao cinema para assistir ao filme, provavelmente até prestando atenção. Eu também já fiz muito isso.
Mas a maioria das pessoas vai só para se distrair, para matar o tempo, para “sair” no sentido de fazer alguma coisa (qualquer coisa) com amigos fora de casa. O filme não importa muito.
Hoje em dia, assisto em casa mesmo, no DVD, e se não tiver em DVD, vai no Pirate Bay.
Filme “de arte” até que dá pra encarar, a plateia costuma ser mais educada. Mesmo assim, nem sempre.
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Caro LM:
Eu vou acabar me rendendo ao DVD, porque está mesmo impossível ir ao cinema.
Abraços