Adivinhe como se chama o balcão de Informações do Shopping Eldorado. Dado ao complexo de Vira-lata e de Pangaré que assola e inunda o país, é lógico que no letreiro não está escrito Informações.
É CONCIERGE!!!
De acordo com Wikipédia, concierge é quem vive em um prédio ou proximidades, responsável por controlar a entrada e saída de pessoas e tarefas de manutenção. Continuando: “ em hotéis, o concierge é um profissional responsável por assistir os hóspedes em qualquer pedido que estes tenham, dos mais extravagantes ao mais simples como chamar um táxi, dar informações sobre o próprio hotel e seus serviços ou sobre a cidade e seus pontos turisticos, venda de passeios na região, locação de carros, reservas e indicações de restaurantes, ligar para farmacia ou floricultura, todas estas e outras são funções do concierge, que tem um balcão no saguão (lobby, hall) do hotel (conciergerie, em francês, ou conciergeria). A missão do concierge é se dispor ao maximo para ajudar o hóspede e fazer com que ele fique satisfeito com o hotel e com a cidade visitada”.
A coisa deveria funcionar mais ou menos assim. O cliente imprime essa definição acima. Vai ao Shopping e pede que o Concierge realize uma das funções que o cargo pressupõe. Caso não fosse atendido ou o funcionário não tivesse noção do que estava sendo pedido, o cliente se dirigiria à Administração. Mesmo assim não tendo êxito, órgão de Defesa do Consumidor deveria multar o estabelecimento por anunciar algo que não tem condições de realizar. E mais: o órgão de Defesa do Consumidor deveria dar um prazo ao Shopping para tirar o Polêmico/Pernóstico Letreiro. Poderia ainda oferecer uma alternativa: manter o letreiro, com a devida tradução /explicação e dar treinamento para o funcionário realizar a função que o cargo pressupõe. Sem contar um substancial aumento de salário, já que haveria uma substancial mudança de posto: não se trataria mais de simples moço(a) de informações, mas VRAIMENT UN CONCIERGE, responsável pela CONCIERGERIE.
Suponho que a opção seria mesmo trocar o letreiro pelo velho e bom INFORMAÇÕES. Afinal, o órgão mais sensível do empresário é o bolso.
Para terminar, uma historinha, que suponho já ter contado aqui.
No restaurante, o cliente pede o cardápio em Português. Pernóstico, o maître informa que não há cardápios em português. O Cardápio, todo escrito em francês, era de couro e as páginas em pergaminho. O cliente não tem dúvida. Tira a caneta do bolso do paletó e começa a rabiscar o cardápio, corrigindo diversas palavras grafadas de forma incorreta. Devolve para o maître estupefato, levanta-se, vai-se embora, mas antes determina:
– Se não há cardápio em Português, pelo menos escrevam em francês decente!!!
Caro Paulo Mayr!!!
Gostei muito deste seu artigo,pois nos da um a pequena lição de assertividade,pois muitas vezes pessoas ou administradoras querem ser e oferecer o que não podem cumprir, e isso faz com que possa enganar os clientes ou as pessoas em geral.Quantas vezes nos é oferecido algoque procuramos e acabamos recebendo gato por lebre.
Sempre é bom lembrar que:Se não podemos oferecer o que prometemos,melhor seria não fazer propaganda do serviço.”Chega de propaganda enganosa em nossas vidas”.
Don Pablito, concordo com vc mas não concordo com o Sidney.
Sidney diz que o povão não tem complexo de vira lata mas está errado. O povão é mais do que vira lata; como batizam seus filhos? Só nomes anglo saxões: Jefferson, Washington, o famigerado “Maicon”, Priscilla, Mary, Elizabeth, etc.
Como sempre lhe disse, somos todos “elementos” e vira latas; se não fossemos, o Tiririca seria marreteiro e não deputado. P.S. Seu blog está cada vez melhor!
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Caro Flávio:
Devia estar honrado de vc não discordar mais de mim. Mas fico, isso sim, preocupado. Afinal, o que terá acontecido com aquele polêmico profissional, contumás??? Espero que esteja bem.
Eu devo estar melhorando muito, já que vc, polêmico profissional, não discorda mais de mim.
Obrigado pelo elogio ao meu blog.
Abraços
Paulo Mayr
Entendo seu ponto de vista.
Não concordo.
Trabalho há alguns anos em Concierge de Shopping.
E acho que deveria ser levado em consideração a diferença entre os locais, no caso, entre o Hotel e o Shopping.
No hotel o hóspede fica por longos períodos, e realmente precisa deste cuidado com todos os detalhes.
Porém, em um shopping , apesar do tempo de permanência do cliente ser menor, ele
tem bastante amparo e dedicação para ter seus pedidos atendidos.
Desde um mais simples, como informações sobre lojas e serviços, como os mais complexos, como localizar um serviço que não tenha no shopping, dar informações sobre peças, teatros, e pontos turísticos, reservas em hotéis e restaurantes, floriculturas, táxis, auxílio em compras, tradução nas lojas.
E muitas outras possibilidades,
Fazemos sim, todo o possível, abrimos exceções para deixar o cliente satisfeito, e atender todos os pedidos.
Então… por mais que você ache este termo muito sofisticado para ser usado em um shopping center, verifique quais são os serviços prestados antes de expor sua opinião.
Amanda:
De maneira alguma estou menosprezando seja o serviço que for. Acho apenas um absurdo ter o nome em Língua Estrangeira. Acho absurdo ter esse nome em hotel e também em Shopping Center.
Isso e nada mais do que isso.
Você vai perceber que esse problema de terminhos em inglês e francês, agora até em Espanhol e Sânscrito, é Comum. Quiser ler, clique aqui.
Acho que se vc ler mais textos do meu blog, vc vai gostar.
Atenciosamente
Paulo Mayr