Amigo ou parente querido morre.
Triste, você enfrenta todas as dificuldades que a metrópole lhe impõe para comparecer à missa de 7º Dia, solidarizar-se com os demais parentes e amigos e prestar homenagem ao morto.
Até entrar dentro da Igreja, a pequena lista de aborrecimentos pode ser, de maneira muito otimista, resumida a:
• Desmarcar compromissos já assumidos,
• pegar trânsito alucinante,
• negociar com o trombadão tomador de conta de carro e pagar apenas R$ 5,00 para estacionar na Rua, embaixo da Placa de proibido, sujeito à multa,
• Tomar chuva.
Dentro da Igreja, muitas vezes com os pés encharcados, ingênuo,você supõe que vai poder ter paz para desfrutar das palavras reconfortantes programadas pela Igreja Católica para essas ocasiões. Doce engano. Como quem cumprisse a mais ingrata e enfadonha missão, a grande maioria dos padres nega-se terminantemente a flexionar as palavras. Assim, você passa cerca de 40 minutos ouvindo um zunido intermitente e permanece incapaz de identificar a grande maioria das palavras. Às vezes , com certa dificuldade, você decodifica: um Deus, amor, trabalho. As palavras seguintes, entretanto, voltam a soar como zunido. Entender o significado do que é dito, é trabalho que nem o mais bem intencionado dos santos que se dispusesse a comparecer à igreja seria capaz de realizar.
Em tempo: a família do morto paga em média R$ 250,00 por uma missa nas Igrejas dos bairros da zona oeste.
E a Igreja Católica não entende porque perde fiéis a cada dia.
Muito bom
http://www.marradaodearame.blogspot.com/
Imagina se a missa fosse celebrada pelo Padre Marcelo Rossi!
: O
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Resposta do Boca no Trombone
Certamente os fiéis veriam algum empenho.
Márcia, valeram seus comentário.
Vou contar sempre com eles.
Se a Igreja estivesse a perder fiéis porque cobra 250,00 por Missa por falecidos, porque as seitas continuam a proliferar no país, levando 10% de cada um a título de “dízimo”? Você já notou a vergonha que é, entre eles? O quanto eles levam dos pobres? Dentro do Catolicismo existe um princípio, o da GRATUIDADE, que é obedecido como deve ser. Quem perde alguém pode mandar rezar Missa em intenção do ente querido de graça.
Não seja tão cínico, Mayr…Afinal, o ser humano percebe o mundo como algo geograficamento ordenado ao seu redor. Mas isso é só uma ilusão, amigo…
Prezado Sérgio Mota:
Não entendi muito bem sua mensagem. Não entendi porque me chama de cínico e fui olhar no dicionário eletrônico o significado de cinismo:
Doutrina e modo de vida dos seguidores dos filósofos socráticos Antístenes de Atenas (444-356 a.C.) e Diógenes de Sínope (413-323 a.C.), fundadores da Escola Cínica, que pregavam a volta à vida em estrita conformidade com a natureza e, por isso, se opunham radicalmente aos valores, aos usos e às regras sociais vigentes. [Cf. socratismo.]
2. P. ext. Impudência, desvergonha, desfaçatez, descaramento.
Meu caro, sou dos caras mais urbanos que existe, embora também goste da natureza. E, de maneira alguma, sou descarado, desavergonhado ou “desfaçatezado”.
Só posso dizer que seu comentário não procede. De qualquer maneira, sempre que quiser, comente meus textos.
Abraços
Paulo Mayr
Caro Mayr: Não tome o adjetivo “cínico” literalmente. Aqui, neste caso, o termo foi usado para indicar pessoa provocadora, que desafia os valores e a moral de uma sociedade só para provocar o debate. Esta postura pode ser válida como didática. Mas só isso. Entenda que existe gente que realmente crê em algo acima de nós. Que acredita na religião. Na fé católica, especificamente. Porque é muito fácil atacar a Igreja. Difícil é viver respeitando e amando o próximo, o irmão do teu lado. Cínico, aqui, é a pessoa desiludida, o crítico inveterado, superficial, que ataca instituições tão plenas de credibilidade para a população, segundo inúmeras pesquisas, e que só visa a Paz e o Bem. De modo algum insinuei que és um “descarado”, ou “desarvengonhado”, ou qualquer coisa ofensiva. Já li coisas boas suas, e o meu comentário não foi de forma alguma um ataque a sua pessoa ou ao seu trabalho ou suas crenças. Finalmente, o adjetivo “cínico ” também pode ser usado para indicar pessoas que não creem em nada que possa atrapalhar seus interesses e crenças pessoais. O cínico é aquele urbanóide típico, descrente da moral burguesa e da ética do sistema. Mas que também não propõe nada que substitua as duas. O cínico é muitas vezes o crítico sem proposta alternativa para aquilo que critica. Mas sempre será um personagem super necessário. Indispensável. De modo algum é uma definição derrogatória. Comentei seu texto sobre a Igreja porque, repito, achei que queres fazer graça de coisa séria, só pra provocar debate. Não leve para o lado pessoal. Cumprimentos
Prezado Sérgio:
Também sou católico. Também acredito em Deus. Não quis fazer graça com coisa séria. Apenas relatei o que acontece em muitas missas de 7. dia. Aliás, fui a uma outra missa de sétimo dia em que o Padre chegou mais de 50 minutos atrasado. Na hora marcada para começar a missa, o padre, sequer, estava no local. A família e amigos do morto também enfrentaram trânsito e estavam lá. Vc há de convir comigo que se trata de uma falta de respeito, como também é falta de respeito o que relato: padre passar quarenta minutos sem articular as palavras convenientemente e transmitir um zumbido tal qual um rádio que não está bem sintozinado. Estou ou não estou certo???
De qualquer maneira, foi e é um prazer discutir com pessoas como você.
Sempre que quiser comente meus textos, ainda que não concorde com minha opinião.
Grande e fraterno abraço
Paulo Mayr
Já aconteceu também comigo, Mayr…Padres que não deveriam mais celebrar missa atrapalhando quem está na Igreja procurando uma palavra de conforto. É uma fato. Mas voltemos a conversa do dinheiro e a Igreja.
No mesmo dia em que eu protestei contra teu artigo – que associava a perda de fiéis a cobranças exegeradas por serviços prestados, recebi um panfleto de uma pequena paróquia que exaltava a cobrança dos dízimos e ia além: dizia que todos, inclusive crianças deveriam contribuir.(!!!!!!) E que a Igreja considerava a posição do povo brasileiro, e dispensava quem não pudesse dos 10 por cento. Mas que a meta deveria ser essa, e quem pudesse deveria procurar atingi-la.
Foi um choque para mim. Não sou jornalista, sou pesquisador em planejamento urbano. Tive dois primos Arcebispos. Fui investigar. Descobrí, pela CNBB, que o o Papa Bento XVI acabou com o termo “dízimos”. O mesmo havia sido apropriado por uma pastoral decadente e que não tem mais razão de existir, e que por conta própria havia elevado o valor a 10 por cento. Acontece que o Papa, com já disse antes, vetou o têrmo “dízimos” em favor da frase “Atender as Necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo suas próprias possibilidades”. Este agora é o Quinto Mandamento da Igreja. A pastoral do dízimo comporta-se como as seitas evangélicas em sua relação com o dinheiro. (uma vez que os protestantes de denominação mais antiga -batistas, metodistas, presbiterianos – aboliram o mesmo).
Em todo caso, são paróquias isoladas. Mas fazem um grande mal a Igreja, sustentando disposições que estão contra as determinações romanas. Como aquele Arcebisbo lá no Ceará. Que vergonha para a Igreja no Brasil!!!!
Mesmo assim, continuo praticando a minha fé. Com esse meu espírito dissidente, que discorda de várias posições da Igreja abertamente. Somos profissionais da informação, e temos a obrigação de aprofundar e conferir este enorme fluxo de fatos e factóides que nos rodeiam.
Uma boa semana para voce
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Prezado Sérgio:
Quanto mais nós dois escrevemos, mais se aproximam nossas opiniões sobre o tema Igreja.
Torço para que no próximo domingo, o padre de sua paróquia queira realmente comunicar as palavras cristãs da missa e não apenas balbucie sílabas para se ver livre de sua obrigação com a comunidade.
Grande abraço
Paulo Mayr
deve-se cobrar sim uma quntia rzolia para ajudar voluntariamente agora cobrar absurdo ,imagina porque todos estão descrentes hoje e igrejas vazias apesar que na atual situação que vivemos daqui a pouco vão cobrar para sorrir!!!!
Eu gostaria de saber porque a Igreja só diz o nome do falecido na missa do domingo para até 1 ano do falecimento. Para missas com mais de 1 ano, se for no domingo, não diz o nome do falecido, oferecendo alternativa de falar o nome somente nas missas dos dias de semana. Existe algum regulamento sobre isso?
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Fatima:
Sinceramente, não sei responder.
Paulo Mayr