Decreto que endurece regras para call centers (ah, esses malditos terminhos em inglês) deveria também determinar que o consumidor terá sempre a possibilidade de ligar para números de telefones gratuitos para fazer quaisquer reclamações que sejam. Afinal, reclamação já pressupõe dor de cabeça.
Atualmente, o sujeito começa a levar baile dos 0800 – gratuitos – e desiste. Tenta daqui, tenta dali, descobre outro telefone da empresa que não o obriga a tanta perda de tempo. Mas ele paga por essa ligação.
Pagar para ter dor de cabeça é demais. Na verdade trata-se, como costumo dizer, de meta-dor de cabeça – o sujeito tem uma dor de cabeça/aborrecimento extra para resolver aborrecimento/dor de cabeça anterior/primária.
E não basta limitar o tempo de espera em até dois minutos no máximo. Ainda para poupar o cidadão de uma segunda meta-dor de cabeça, literalmente falando, é fundamental que a lei/decreto garanta ao consumidor o direito de esperar ser atendido em absoluto silêncio, sem ser bombardeado por musiquinhas e propagandas estúpidas e ensurdecedoras exatamente da empresa que o está submetendo a tal suplício.
E o bê-á-bá do óbvio!!!
É isso mesmo. Não aguento mais esperar atendimento ouvindo a mesma ladainha ou musiquinha durante vários minutos. É de enlouquecer…
A música, por pior que seja, tem uma função técnica. Serve para quem está ligando saber que a ligação ainda está em fila. Ficar em silêncio pode causar mais problemas que solução.
As centrais de atendimento precisam de regulamentação, mas quem paga pelo que for exigido é o consumidor. Se é mais caro manter uma central, é mais caro o produto.
Discussões passionais tem muito pouco valor.
As normas precisam ser sustentáveis, ou fica caro para quem liga.