Usar prostíbulos para lavar dinheiro da corrupção me faz lembrar história divertida.
O Mugui era a boate na Augusta pobre, no começo dos anos 70, onde, como dizia Juca Chaves, os meninos maus das famílias boas iam encontrar as meninas boas das famílias más (meninas é eufemismo meu , já que se tratava mesmo de profissionais; profissionais bem jovens, em início de carreira, mas profissionais). Pois bem, no Mugui, Moria, meu grande amigo até hoje, sujeito boa pinta e de boa prosa, travava animado papo com uma delas. A moça boa, também tinha boa conversa e, ao que tudo indicava, não era de família tão má quanto preconizava Juca Chaves.
Meu amigo, então, quis saber como ela explicava pro pai a grana que ganhava e que lhe permitia levar o vidão que levava. Tal qual os políticos que recentemente usaram coisa menos ilegal para justificar coisa muito ilegal, corrupção braba em bom português, a moça foi taxativa:
– Eu digo pra ele que sou contrabandista.
Como se vê, o artifício das prostitutas de outrora são semelhantes aos usados pelos filhos delas de hoje!!!
Caro Paulo:
Muito apropriada esta sua referência aos argumentos usados pela boa menina, como os nossos políticos também o fazem!!!
Com um abraço
Armando