Jô Soares – Muitos Pesos e Muitas Medidas

O Boca no Trombone estava com Problemas Técnicos e ficou fora do ar. O texto abaixo escrevi há um tempinho. Publico agora.

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Jô Soares freqüentemente diverte-se e diverte a platéia lendo respostas/definições absurdas que estudantes teriam dado a respeito de vários assuntos. Para começar, ninguém sabe se essas respostas foram mesmo ditas/escritas ou, sim, criadas pela Produção do Programa.

Supondo-se que elas sejam verdadeiras. Será que é elegante, ou de bom gosto, debochar de pessoas que se sacrificam barbaramente para estudar à noite depois de terem trabalhado oito horas??? – gente que recebe salários magérrimos, e ainda passa boa parte da vida espremida em condução -.

Para mim, entretanto, muito mais curioso, e até surpreendente é o fato de o próprio Jô Soares ao invés de falar Tinha Mandarins (no sentido de haver/havia) dizer TinhaM mandarins, como ele afirmou ao entrevistar o Dr. Hsu, médico obstetra no programa que foi ao ar de 13 para 14 de novembro último. Ele interrompeu a frase, mas disse tinham – claramente – no sentido de havia Mandarins. Tentei confirmar no Site da Globo, mas não-assinantes não podem assistir ao vídeo inteiro da entrevista. De qualquer forma, reitero que ele disse Tinham Mandarins ao invés de Tinha Mandarins. Com freqüência, ele comete erro semelhante em seu programa. É só olhar as gravações.

Também é espantoso quando ele, Jô Soares, que estudou na Suíça, antes de virar a página de algum livro ou documento, bota a língua para fora e esfrega os dedos para facilitar o manuseio.

Mais comentários meus são dispensáveis. Os leitores do Boca no Trombone, se quiserem, “Tromboteiem” à vontade.

14 pensou em “Jô Soares – Muitos Pesos e Muitas Medidas

  1. Nunca gostei de Jô Soares e saiba que amei seu post, pra mim tanto o Jô quanto a Globo só fazem roubar as idéias dos programas de TV por assinatura… E eu não tenho dúvida alguma que seja na realidade a produção que escreva essa cartas.
    Suas idéias e “Tromboteadas” são muito interessantes. Parabéns

  2. Paulinho, não acho tão grave eles zuar os erros. a maneira divertida de abordar também educa, o ridículo educa.
    Quanto a ele errar, também não acho um problema… uma distração é um erro perdoavel e não há risco nenhum pra quem ouve.
    è implicancia tua, confessa 🙂

  3. Caro Paulo:

    Acho que sua crítica sobre o TINHAM é suave para com o dito cujo apresentador.
    Lembro-me do Jô, logo após voltar “das europes”, conduzido pelas mãos de Otelo Zelone, ingressava na vida artística e fazia “apresentações” para nós, jovens do Dante Alighieri, diante de sua casa na alameda Santos, ainda à sombra das lindas árvores que então existiam e ao canto de canários-da-terra… mas deixando o saudosismo de lado, esse incompetente comenta como se os absurdos escritos pelos estudantes fossem causa e não conseqüência de um sistema de ensino que alija, perversamente, o saber destes esforçados jovens… e por aí vão minhas considerações.
    Com um abraço e um queijo

    Armando

  4. Há muito deixei de ver ou ouvir o que ou quem me desagrada, me aborrece ou me irrita. Tudo para ter um mínimo de desgaste na vida, já que é inevitável não ter nenhum.
    O programa do Jô é um desses “o que/quem”, portanto o evito, não ouço e não vejo.
    Parece-me que os medíocres ainda gostam muito do programa do Jô e se divertem quando ele humilha seus convidados, sempre querendo saber mais que eles, não importa o assunto, e quando trata os músicos do programa como seres inferiores; diferentemente do apresentador americano David Letterman, cujo programa e estilo ele copia, que trata seus entrevistados e os músicos com a maior deferência.
    É claro que você não faz parte dos medíocres, mas faz uso da mediocridade e pretensão alheias para alardear o que passou despercebido para muitos.
    Porém, ainda acho que o melhor seria ignorar esse tipo de pessoas, porque são muito vaidosas e qualquer polêmica tendo-as como centro infla ainda mais seus egos. Vanitas vanitatum.

  5. Paulo, sabe o que penso sobre as pérolas que o Jô comenta nos programs deles? Que é a própria produção dele que escreve. Também acho que fazer comentários sobre determinadas pessoas só infla o ego deles e que eles permanecem como o cavalo trotando na Parada. Trotando e … Já sabe o que mais.
    Até.
    Elizabeth.

  6. a questao é que o Jô ja perdeu a elegancia suiça faz tempo. Frequentemente, suas entrevistas mostram um grande desconhecimento do assunto, o que o leva a tentar driblar esta ineficiencia com piadas sofriveis. Para quem se basea nos talk-shows do Jay Leno et caterva, Jô é mediocre. Gostava mais dele quando tinha seus programas humoristicos. Nao duvido de sua inteligencia, mas a convivencia com o mundo global lhe faz mal. Resumo da opera para o caso: a musica Policia do Titãs (quem souber a letra, ja entendeu)

  7. O JO só é feliz quando começa a imitar seus quadros gays…ali sim ele é ele mesmo…e nas entrevistas nao sei como ainda as pessoas se submetem as suas perguntas ..afinal ele nunca deixa o entrevistado dar a resposta ate o fim…

  8. Vc tem toda razão.
    Na verdade o Jô não passa de uma %!@$&@#camuflada, camuflada mas vaidosérrima e presunçosa!!!
    Gostaria que ele lesse o seu texto e que ele respondesse. Queria ver, com toda a inteligência e cultura que ele julga possuir, como conseguiria responder todos os pontos dos seu artigo.

    Parabéns!!!

    Sílvia Almeida

  9. Jo Soares, como comentarista de qualquer assunto, ele é um seguidor do nosso presidente intelectual Fernando Henrrique Cardoso, que só não jogou a última pá de cal, porque apesar do esforço que ele fez não consegui acabar com o BRASIL, viva o PRESIDENTE LULA, E QUE SEM SER UM INTELECTUAL, ESTÁ COLOCANDO O BRASIL EM ORDEM, AQUI E NO EXTERIOR. Não tenho culpa se o governo de Fernando Henrique não foi de meu gosto. Eu fico lendo sempre em comentários na internet palavrões e meu comentário não ofende ninguém é apenas minha visão do que acontece, esta e minha opinião e isto é a liberdade, presumo, que temos.
    ************
    Caro Jorge:

    Tenho uma proposta a fazer: que tal cuidarmos de um pavão por vez???
    Obrigado por seu comentário.
    Abraços
    Paulo

  10. O cara se acha o tal. Quando se enrosca com alguma colocação, tem por trás dois consultores para auxilia-lo no ponto eletrônico. Se o entrevistado é um Zé qualquer já entra com 100% de chance de sair humilhado. Lembro-me de um que a pouco tempo apareceu por lá com sua criação: Uma tabelinha com a qual todos podem se virar no Ingles com facilidade. O malfadado entrevistador quase foi ao orgasmo de tando que desancou o coitado, inflado pelo delírio da platéia. Nas entrevistas sonsas com artistas da Globo ou escritores da patota dele, aí sim, ele vira um lambe botas.
    O Jô fica injuriado com pessoas que ele sabe que sabem mais que ele, a exemplo da última com Ronnie Von, que além de também falar vários idiomas, manja muito de vinhos, rendas, e muito, mas muito mesmo sobre botânica, entre outras coisas. O gordo se sentindo ameaçado usou de todos os artifícios para desqualificar o Ronnie, mas naquela noite quebrou a cara. Aí eu deliro.
    ++++++++++

    Vanildo:

    Concordo com absolutamente tudo que vc falou. Ronnie Von é um verdadeiro e eterno príncipe. Adoraria ver essa entrevista. Se tiver algum meio de vc me enviar pela internet, agradeço

    Abraços

    Paulo

  11. Caríssimo, trabalho com crianças e adolescentes há algum tempo. Na biblioteca onde estagiei por 2 anos, ouvi “muitas pérolas”. Vai uma vez, uma garotinha, nos seus 11 anos de idade, me procura no meio do acervo e começa a tagarelar, batendo os pés e estalando os dedinhos: – Moça. moça, eu preciso de alguma coisa sobre aquele homem…” E eu pergunto: – Que homem? Ela me olha como se eu fosse de outro planeta e diz: – Aquele, famoso, com barba… Todo mundo tem ele na camiseta! Faço uma expressão de quem não está entendo bulhufas, mas aí ela me dá uma dica: – aquele, moça! vc não sabe? … ele chama… ele chama… (dedinhos estalando mais freneticamente)- Chuck!, ela diz, mas nem deu tempo para eu atinar quem era o tal do Chuck (o primiero q me veio à mente foi Chuk Norris, mas não era ele!) – E ela disse triunfante por saber mais que eu sobre pessoas famosas de barba estampada na camiseta de todos: – Chuck Vara! – Eu nunca esqueci os olhinhos brilhantes da garota or lembrar sobre quem ela estava pesquisando! Mas enfim, eu não sou fã da Globo, deixei o gosto pelo programa do Jô de lado depois de alguns comentários que achei ofensivos, não assisto ao programa há muito tempo, mas eu me divertia com as pérolas. Não por ridicularizar o aluno, mas pela audácia e criatividade dos mesmos, afinal, numa avaliação q se julga ser importante, se não se sabe a resposta, deixa em branco! Abraços.
    +++++++

    Cris,

    Bem legais as histórias que vc conta. Elegante, vc nada comenta sobre o ERRÃO do Jô!!!! Aliás, outro dia um psicógolo me mandou em email e tascou HAVERÃO NOVOS PREÇOS. Certamente é telespectador e discípulo do Jô.

    Abraços

    Paulo Mayr

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